sábado, 28 de janeiro de 2012

Folguinha...

Terminada a restrospectiva tradicional (um pouco mais atrasada do que os outros anos, mas está valendo), vou tirar essa semana de folga aqui do blog. Na próxima semana, volto para comentar já os novos lançamentos e repercutir as novidades que começaram a pipocar aqui e ali.

Obrigado pela audiência galera!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Retrospectiva 2011 - Vitantônio Liuzzi: queda livre



Aí está mais um exemplo de piloto que passou pelas garras da Red Bull. Correndo pela equipe austríaca em 2005, Liuzzi já começou com o pé errado na equipe, que optou por reveza-lo com Christian Klein ao longo da temporada. Um procedimento que nunca deu certo em lugar nenhum.

Depois foi para a Toro Rosso e, sem sucesso, foi abandonado à própria sorte pela Red Bull. Caiu na Force India onde correu as últimas provas de 2009 e a temporada de 2010. E, em 2011, foi rebaixado à Hispania, a pior equipe da Fórmula 1. Que o demitiu ao final de 2011.

Sem sombra de dúvida, uma carreira em queda livre, pelo menos na principal categoria do automobilismo. E sem mais comentários.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Retrospectiva 2011 - Timo Glock: de marcha a ré na carreira



A história de Timo Glock é bem parecida com a Heikki Kovalainen, em proporções de diferentes claro. Tanto o alemão quanto o finlandês vinham se mantendo na Fórmula 1, mesmo não mostrando nada de especial. A diferença é que, enquanto Kovalainen pilotava para a McLaren, Glock tentava mostrar algo na Toyota, uma equipe menos estruturada, mas certamente melhor do que a Virgin.

Bem, em 2010, ambos apareceram nas equipes da rabeira do grid. Enquanto Kova foi substituído na McLaren por Jenson Button, Glock ficou a ver navios quando a Toyota abandonou o barco da Fórmula 1 em 2009. Caiu na Virgin, foi melhor do que o companheiro Lucas di Grassi em 2010, o que não chega a ser grande coisa. Igualmente irrelevante foi ter superado Jerome D’Ambrósio em 2011.

Correr em equipes como a Virgin é triste, principalmente para pilotos que já conseguiram andar mais à frente, como Glock. Como o círculo vem se fechando cada vez mais, é bastante improvável que ele seja capaz de mostrar serviço a ponto de merecer uma nova chance.

Retrospectiva 2011 - Narain Karthikeyan: o pagante ruim de braço



Karthikeyan correu pela finada Jordan, em 2005, e já naquela época dava mostras de que não tinha mesmo muita intimidade com a coisa. Porém, houve um certo do GP nos Estados Unidos, no qual os carros com pneus Michelin se recusaram a correr e vimos uma disputa entre três equipes: Ferrari, Jordan e Minardi.
E, com isso, o indiano chegou em quarto, estreando a Índia entre os países que já pontuaram na Fórmula 1. E foi isso.

Em 2011, restou a ele o mico de ser o primeiro a ir para a pista com a Hispania na Austrália, um carro que não era capaz de dar sequer meia volta na pista. Se arrastou pelo final do grid até o GP da Europa, quando a Red Bull resolveu colocar Ricciardo para correr na equipe espanhola, preparando-o para correr na Toro Rosso em 2012.

Pilotos pagantes não são novidade na Fórmula 1. Mas alguns são ruins de doer. Acho que podemos incluir Karthikeyan nessa categoria.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Retrospectiva 2011 - Jerome D’Ambrosio: um desafio para o blogueiro

O duro dessa retrospectiva é ter que falar de pilotos como D’Ambrosio, que estréiam na Fórmula 1 e passam o ano sem ter o que fazer pelo carro ruim que têm nas mãos.

Sem ter como falar nada do histórico dele, já que nem na GP2 conseguiu coisa muito relevante, e também sem poder mencionar seus inexistentes resultados na Fórmula 1, o que sobra? Talvez o fato de não ter conseguido um desempenho brilhante, dentro dos parâmetros da equipe (como fez Ricciardo na Hispania) e também não ter feito nenhuma bobagem monumental (como Di Grassi, que estampou o guard rail em Suzuka/2010, na volta de instalação do grid).

O que resta para este belga é tentar arrumar uma vaga de piloto de testes em 2012, para permanecer no Padock, ou tentar a sorte em outras categorias. Uma volta à GP2, como fez Romain Grosjean, pode não ser um mal negócio.

Sem nada para comentar, escrevi três parágrafos. Estou ficando bom nisso...

Retrospectiva 2011 - Jarno Trulli: a hora de parar


Dizem que o momento mais difícil na vida de um atleta é a hora de parar. Talvez por isso muitos deles prefiram a opção de não parar tão cedo, o que os leva a entrar para história não por suas vitórias ou feitos, e sim pelos seus últimos anos.

Jarno Trulli se encaixa aí. Embora nunca tenha sido um craque do volante, o italiano teve uma carreira até certo ponto sólida na Fórmula 1, venceu um GP de Mônaco, o que não é pouco, foi o terror dos pilotos que vinham atrás dele para ultrapassa-lo, por sua capacidade inigualável de defender posições.

Poderia ter feito parte da era vencedora da Renault em 2005 e 2006, se não tivesse levado uma ultrapassagem de Rubens Barrichello na última curva do GP da França em 2004, o que irritou profundamente Flávio Briatore.

Bem, mas tudo isso é para chegar à pergunta final: porque encerrar a carreira se arrastando numa equipe de poucas perspectivas como a Lotus? Não seria melhor, para sua imagem, ter saído no fim de 2008, quando a Toyota, equipe para a qual pilotava, desistiu da Fórmula 1.

Bom, seu contrato já está renovado para 2012, com a Lotus. Azar da Lotus. Azar de Trulli.

Retrospectiva 2011 - Heikki Kovalainen: em busca dos melhores dias


Deve ser duro sair de uma equipe como a McLaren direto para uma bomba como a Lotus, como fez Kovalainen em 2010. Principalmente porque a equipe de Tony Fernandes sempre pareceu ser a “melhor das piores” e a expectativa era de que, com motor Renault em 2011, eles saíssem do fim do grid.

Bem, isso não aconteceu, mas certamente não foi por causa do esforço de Kovalainen, que fez um ano para lá de digno. Aliás, desde que estreou na Fórmula 1, em 2007, este finlandês contemporâneo de Lewis Hamilton na GP2 jamais havia mostrado nada de especial.

Mas este ano, Kovalainen carregou a péssima Lotus nas costas, incomodou algumas equipes intermediárias, principalmente a Williams, e mostrou que ainda pode renascer na Fórmula 1. Basta que confirme o bom desempenho em 2012 e que os dirigentes das equipes maiores esqueçam suas temporadas mediadas na Renault e na McLaren.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Retrospectiva 2011 - Daniel Ricciardo: é preciso saber aproveitar


Esse se deu bem. Integrante do programa de jovens pilotos da Red Bull, Ricciardo foi emprestado para realizar algumas corridas pela Hispania. O que parecia ser um presente de grego se transformou numa ótima chance, criada pelo próprio Ricciardo que até fez parecer que a Hispania poderia ser uma equipe melhor do que é.

Nas corridas que disputou, esmigalhou os tempos de Vitantonio Liuzzi, seu experiente parceiro. Em Interlagos, classificou-se à frente dos carros da Marussia Virgin, um feito inédito para a equipe espanhola.
Os resultados, pouco expressivos em números, mas muito representativos, levaram a Red Bull a considera-lo para uma futura substituição a Mark Webber. Chutou os dois da Toro Rosso (Buemi e Alguersuari) e convocou Ricciardo e o francês Vergne para tentar a sorte na sua “equipe vestibular”.

Se existe uma forma de aproveitar bem uma chance, a forma é essa. Que os outros aprendam.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vai ser esquisito


Era janeiro de 2000. Eu ainda estudava para entrar na faculdade, sabia que era jornalismo, sabia que era automobilismo. Entrei, seis meses depois, montamos um programa na rádio universitária (Eu, Fábio Campos e Luis Fernando Ramos), transmitimos uma corrida ao vivo, fomos a Interlagos, ainda vamos, nos tornamos amigos por causa da velocidade, por causa da Fórmula 1.

Bem, dizia que era janeiro de 2000, não nos desviemos. Recebi em minha casa meu exemplar daquele mês de Quatro Rodas, que vinha com seu tradicional guia da temporada de Fórmula 1. Na capa, uma foto de Rubens Barrichello na Ferrari. A 1ª imagem. Uma emoção inesquecível.

Aquele cara era um vencedor. Depois do dia 1º de maio de 94 se tornou “o” piloto brasileiro. E vestiu isso. Quis, por puro entusiasmo, ser o nº 1 no coração dos brasileiros, mesmo pilotando Jordans e Stewarts.
Mas em 2000 a esperança se renovou. E foram 6 anos na Ferrari, dois vice campeonatos, nove vitórias. A 1ª delas, na Alemanha, uma das maiores de um piloto de Fórmula 1. Também tivemos Inglaterra / 2003, demonstração de braço, de talento, de raça.

Mas, no outro cockpit vermelho estava o maior de todos. Aquele que esmagou todos os recordes. Que esmagou adversários. Que esmagou Barrichello. Que não soube, nunca soube lidar com isso. De esperança, virou chacota, sinônimo de derrota, de coadjuvante.

O Brasil, que Barrichello abraçou em 94, foi duro com ele. E ele seguiu em busca dos seus objetivos. Em 2006 foi para a Honda, em 2008 sua carreira parecia acabada.

Veio 2009, um foguete na Brawn e, novamente, um companheiro de equipe mais rápido. Jenson Button campeão, Rubinho vice de novo. E, de novo, se fazendo de vítima. E de novo apanhando, da torcida e da imprensa, a mesma que quis tranformá-lo em herói nacional em 94.

Os últimos dois anos foram de reconciliação. O Brasil, que já não vê a F1 como via em 94, voltou a demonstrar carinho com o seu piloto, solidarizou–se com seus esforços para reerguer a Williams, com sua luta para se manter na categoria mais importante do automobilismo.

O último ato poderia ter sido uma despedida honrosa, que ele merecia. Mas Barrichello não quis. Preferiu mendigar uma vaga numa equipe decadente que precisava de dois pilotos pagantes. E escolheu dois que nada mostraram até aqui, à exceção de seus extratos bancários.

Agora, acabou. Vai ser esquisito não ver Barrichello entre os 24 que vão correr em 2012. E, se por acaso ele aparecer entre esses 24, pilotando uma Hispania, vai ser tão estranho quando ridículo. Se Rubens não tivesse, em 94, assumido o papel que assumiu, talvez nem tivéssemos mais transmissão ao vivo de Fórmula 1 no país. Mesmo sem títulos, sem a vitória no Brasil sonhada por ele e pela torcida, ele foi, a seu modo, “o cara”.  

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Porta que fecha, porta que abre


A Williams conseguiu. Leiloou suas duas vagas para quem pagasse mais. E quem pagou mais foram Pastor Maldonado, desde o ano passado, e Bruno Senna, anunciado hoje. Desconfio que Sutil era o favorito à vaga que ficou com Senna, mas seus imbróglios na justiça devem ter atrapalhado. Uma pena, um piloto que mostrou muito nos últimos anos, fica fora da Fórmula 1.

Bruno Senna tem muito dinheiro. Ao contrário do que pensam muitos, seu sobrenome não foi tão determinante para conseguir a vaga na Williams, embora a reunião da marca Senna com a equipe de Frank Williams possa render muito. Galvão Bueno já deve estar vertendo lágrimas desde já.
Acima de tudo, ser bancado pelo multimilionário Eike Batista e por empresas como Gillette e Embratel fazem toda a diferença.

O que não deve ser encarado de forma negativa. Qualquer piloto que chega à Fórmula 1 precisa apresentar uma compensação financeira para correr. Essa é a chance que muitos esperam para engatilhar suas carreiras e que poucos têm.

Bruno teve uma segunda. A primeira, na Renault em 2011, não foi muito bem aproveitada. Até começou bem, mas o saldo final foi insatisfatório. Tanto que a equipe trocou o seu rico dinheiro pelo bolso do não tão rico Romain Grosjean para 2012.

Gosto do estilo de Bruno Senna, educado, realista, com um discurso pé no chão e pouco afeito aos festejos globais. Festejos que poderiam lhe ser muito benefícios no Brasil, tendo sido ele sobrinho de quem foi. Mas nada disso importa se os resultados na pista não aparecem.

A Williams é uma boa equipe, junto com Ferrari e McLaren é aquela que mantém uma ligação com o que a Fórmula 1 foi um dia. Está com o pires na mão, por conta de uma decisão nobre de se manter fiel aos seus princípios esportivos. Que Bruno Senna aproveite este ambiente e, finalmente, mostre o potencial que o levou à Fórmula 1.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pastor Maldonado: correndo pela pátria


Piloto venezuelano, com forte patrocínio de uma estatal de petróleo chega à Williams trazendo resultados pouco expressivos nas categorias de base. A sinopse anunciava que Pastor Maldonado seria uma tragédia no cockpit da equipe de Frank Williams, em 2011.

Nem tanto. Maldonado deu uma canseira em Rubens Barrichello, tendo sido superado no placar de classificações somente nas duas últimas provas. Em Mônaco, pista que castiga estreantes, passou para o Q3 e, por pouco, não marcou pontos. Estava em sexto lugar quando foi atingido por Lewis Hamilton no finalzinho da prova. Lembrou muito Adrian Sutil, na mesma Mônaco, mas em 2008, quando foi atingido por Kimi Raikkonen. O alemão estava em quarto lugar com a Force India.

Pelo dinheiro, ou pelo desempenho mediado, não sei, Maldonado se garantiu na Williams em 2012, uma equipe que se perdeu na modernidade da Fórmula 1, que parece enxergar oportunidades somente no brilho das verdinhas.

Que Maldonado consiga, no próximo ano, fazer jus a todo o investimento que seu país faz nele.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Bruno Senna: podia ter sido, mas não foi


Era para ter sido diferente. Poderia ter sido muito melhor. Mas não foi. Quando se classificou em 7º na sua primeira corrida pela Renault, na Bélgica, substituindo Nick Heidfeld, Bruno Senna parecia renovar a esperança da torcida de ter, finalmente, um piloto brasileiro forte, rápido e com personalidade. Mas essa esperança terminou na primeira curva quando Senna, atabalhoado, se meteu em diversas confusões perdendo a chance de estrear marcando pontos.

A partir daí, Bruno percorreu o caminho da grande maioria dos brasileiros que tentaram ingressar na Fórmula 1, nos últimos anos: um início claudicante, cheio de erros e pouquíssimos resultados, que minam a confiança de qualquer dirigente.

Jogando seus bons resultados em treinos de classificação no lixo, em razão de seu lamentável ritmo de corrida, Bruno Senna mostrou personalidade ao reconhecer seus erros, mas em momento algum conseguiu corrigi-los.

Ainda está no páreo e, caso ganhe uma chance na Williams, pelas mãos de seus fortíssimos patrocinadores, terá que mostrar que seu início ruim na Fórmula 1 foi apenas circunstancial e que ele tem muito mais a oferecer à Fórmula 1. Caso contrário, seguirá o caminho de Antônio Pizzonia, Ricardo Rosset, Ricardo Zonta, Pedro Paulo Diniz...

sábado, 14 de janeiro de 2012

Rubens Barrichello: fim adiado por nada


Barrichello, Barrichello. Todo ano escrevo esta retrospectiva pensando que será a última vez que o brasileiro figurará por aqui, mas me engano. Desta vez não vou cometer esse erro, embora ache que, ao contrário dos outros anos, o brasileiro mais veterano da Fórmula 1 está mesmo num beco sem saída.

Mas, voltando a 2011, a verdade é que o ano confirmou que o casamento entre Rubinho e Williams não deu certo. A tradicional equipe vem caindo vertiginosamente a cada ano. Em 2011, com motores Cosworth, quase nenhuma grana, piloto pagante vindo da Venezuela, Frank Williams e Patrick Head cada vez mais distantes, não houve experiência que desse jeito.

É bem verdade que Rubinho tentou. Andou forte o quanto pôde, marcou 4 pontinhos e realizou corridas de muita raça. Um exemplo foi Abu Dhabi quando ficou na mão nos treinos, largou na última fila e chegou perto de marcar pontos. Mas o carro, infelizmente, estava mais próximo do pelotão de trás (Lotus, Virgin e Hispania) do que da turma do meio do grid.

Sem especular nada, pode ser que Rubinho emplaque mais um ano. Pode ser que não. Mas, no fim, fico com a sensação de que ele deveria ter se despedido em 2009, quando foi vice campeão pela Brawn. Sua parceria com a Williams, de fato, não valeu de nada.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sérgio Perez: outra descoberta da Sauber



Peter Sauber é um cara porreta. Por suas mãos estrearam na Fórmula 1 Heinz Harald Frentzen e Kimi Raikkonen. Kamui Kobayashi ficou sem emprego com a retirada da Toyota, recebeu o apoio do suíço e virou “mito”. E é na Sauber que tivemos a chance de ver o melhor entre todos os “pagantes” da Fórmula.

Sérgio Perez fez um ano de estréia que o credencia como uma das grandes promessas. Rápido, dono de um estilo abusado, mas capaz de fazer corridas estratégicas e planejadas. Basta lembrar que, na Austrália, parou nos boxes apenas uma vez, mesmo calçando esses pneus pudim fabricados pela Pirelli.

Sofreu um acidente feio em Mônaco, este ano, e nem assim se abalou. Se o carro da Sauber fosse um pouco mais confiável, poderia ter marcado mais pontos, mas não podemos reclamar. É sempre bom ver um estreante chamando a atenção com o equipamento que tem.

Que 2012 confirme o faro privilegiado de Peter Sauber para escolher novatos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sebastien Buemi: o preferido da Red Bull


Estranha, muito estranha a preferência da Red Bull por Sebastien Buemi. Para quem não viu, ele foi escolhido como piloto de testes da equipe austríaca em 2012. A situação parece bem clara: a equipe campeã não viu potencial nem no suíço nem em Alguersuari nos dois anos em que eles ficaram na Toro Rosso e substituiu os dois na sua filial por Ricciardo e Vergne. Mas, como esses dois ainda precisam de quilometragem, resolveu deixar um de seus pupilos de Stand by como piloto de testes. Tudo isso visando a possível saída de Mark Webber em 2013.

Nessa explicação toda, preciso encaixar a pergunta: porque Buemi e não Alguersuari? O suíço, teoricamente mais experiente, jamais conseguiu resultados convincentes. O espanhol, mesmo não sendo espetacular, foi claramente mais rápido do seu companheiro de equipe durante todo o ano, mais especialmente na segunda metade da temporada.

Não sei se Buemi vai conseguir a vaga de Mark Webber em 2013. Se conseguir, vai mostrar que a Red Bull, talvez, não tenha tanta clareza daquilo que espera do seu segundo piloto para os próximos anos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Jaime Alguersuari: a vítima da Red Bull


Alguersuari entrou na Fórmula 1 no GP da Hungria de 2009, com apenas 19 anos, gerando reações de pânico entre todos os pilotos e dirigentes. As exageradas reações se revelaram uma bobagem, por dois motivos:

1) A Fórmula 1 de hoje, goste-se ou não, é feita para os jovens mesmo. Eles é que se entendem melhor com essas tecnologias todas disponíveis.
2) O espanhol sempre foi um piloto centrado, nunca fez bobagens na pista que justificassem retaliações.

O problema é que também nunca foi veloz a ponto de merecer destaque. E isso, numa equipe que é apenas um celeiro de futuros pilotos para a Red Bull pode ser fatal. Seu 2012 foi comum, com algumas boas provas na segunda metade da temporada, mas nada que indicasse uma capacidade especial de ser promovido para a equipe campeã. Por isso foi dispensado sob o argumento de, aos 23 anos, já estar velho para os objetivos da Toro Rosso.

Na verdade, essa dobradinha de Toro Rosso + Red Bull tem se mostrado uma máquina de moer pilotos. E Alguersuari foi mais uma vítima da sanha austríaca pelo “substituto de Mark Webber”.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Paul di Resta: nunca é tarde


Paul di Resta é um daqueles casos, cada vez mais raros, em que um piloto chega à Fórmula 1 quando sua carreira já parecia indicar que ele iria seguir por outros caminhos. No caso, uma bem sucedida participação no DTM, correndo pela Mercedes-Benz. E foi a Mercedes que o levou para a Force India em 2011, após contar com seus serviços em testes passados pela McLaren.

Geralmente, pilotos que chegam à F1 assim não dão certo. É só olhar todos os campeões que vieram da Indy. Mas não foi o caso deste inglês bom de braço que, apesar de ter ficado atrás do excelente companheiro Adrian Sutil, fez uma temporada para lá de digna, com destaque para o sexto lugar no GP de Cingapura.

Os boatos dão conta de que ele é o candidato à substituir Michael Schumacher na Mercedes, quando o heptacampeão parar de vez. Se for verdade, penso que se trata de uma boa escolha. É preciso dar chance para aqueles que buscaram caminhos alternativos à Fórmula 1. Caso seu 2012 seja ainda melhor do que foi 2011, é possível que comecemos a ver equipes de olho em pilotos com este perfil.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Kamui Kobayashi: sim, o mito


Kamui Kobayashi ganhou o simpático apelido de mito, entre todas as pessoas que acompanham a Fórmula 1 no Brasil. Pela maneira com que os pilotos se comportam hoje em dia, quase que como robôs andando sobre trilhos nas pistas, trata-se de um apelido bastante justificável.

Kobayashi aperfeiçoou a maneira atabalhoada pela qual os japoneses se notabilizaram na Fórmula 1. Pegou as características dos desastrados Aguri Suzuki, Ukio Katayama e Takuma Sato e as transformou em velocidade e resultados. Se seus conterrâneos ficaram conhecidos por jogar o carro para cima dos adversários, importando somente a ultrapassagem e nada mais, Kamui se diferencia, porque chega ao final das provas pontuando, ao contrário dos outros que paravam na caixa de brita.

Kobayashi é o melhor japonês que já passou pela F1. E pode, tranquilamente, ser o primeiro nipônico a pilotar por uma equipe grande algum dia. Sonhar não custa nada.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Nick Heidfeld: a eficiência não foi suficiente


No início do ano a Renault perdeu Robert Kubica, um dos mais promissores talentos da Fórmula 1, num acidente durante uma prova de Rali. Para substituí-lo a equipe, que estava em pleno desenvolvimento de seu bem nascido carro, tinha duas opções: o novato Bruno Senna e o experiente e apenas eficiente Nick Heidfeld.

Optou pelo alemão, a melhor escolha no momento. E Heidfeld contribuiu com o que pôde. Agora, esperar dele, um líder nato, um cara capaz de levar uma equipe a dar um salto de qualidade, aí é demais. É bom lembrar que Nick Heidfeld é um piloto com mais de 200 corridas nas costas, sem ter vencido uma sequer.

Assim como Petrov, Heidfeld veio se apagando ao longo da temporada e a Renault, talvez esperando dele aquilo que ele nunca pôde oferecer, passou a ofender o piloto publicamente, queimando-o em praça pública.

O divórcio veio após o GP da Hungria, foi sofrido e doloroso, de uma maneira que um piloto eficiente, e apenas isso, não merecia no fim da sua carreira.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Vitaly Petrov: o polonês fez falta


Estranha a carreira de Vitaly Petrov na Fórmula 1. O russo entrou na Renault em 2010 exclusivamente por causa da grana. O que prometia ser prenúncio de um desempenho pífio, jamais se confirmou. Petrov se destacou em alguns momentos, esteve longe de ser uma revelação fantástica, mas tampouco deu vexame.

Em 2011 o russo viu seu desempenho oscilar ao sabor da capacidade da Renault, uma equipe que começou com um bom carro mas que sucumbiu ao fato de ter perdido sua principal peça no início do ano: o polonês Robert Kubica, que seria o responsável por levar os resultados para a equipe.

Ao lado de Heidfeld, Petrov iniciou bem 2011, conseguiu um pódio na Austrália, mas veio caindo ao longo do ano, junto com sua perdida e desestruturada equipe. Está fora da Renault (agora Lotus) em 2012 e nada indica que ele venha a conseguir a vaga da Williams para correr no próximo ano.

É mais um novato que não consegue perder o estigma de piloto pagante.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Adrian Sutil: o esquentadinho


Que triste ironia: Adrian Sutil custou a engrenar na Fórmula 1 e, quando conseguiu realizar seu melhor ano na categoria, perdeu o lugar na Force India e, até agora, não arrumou nada. Está na briga pela vaga que sobra na Williams, consta que tem muito dinheiro e é o favorito, mas anúncio que é bom ainda não saiu.

Bom, talvez tenha pesado o fato de ter saído no tapa com um dirigente da Genii, grupo que é dono da Renault, que agora é Lotus. A Fórmula 1 insípida e inodora não tem lugar para pilotos esquentadinhos, pobre Nelson Piquet se fosse assim na época dele.

O fato é que Sutil evoluiu junto com a Force India, acompanhou o crescimento da equipe que é uma das mais sérias destas últimas que apareceram na Fórmula 1. Seu ano foi brilhante, o melhor piloto entre as equipes menores (considerando a Mercedes, pelo orçamento que tem, como uma grande incompetente).

É bom que ele consiga o lugar na Williams. Ficar fora da Fórmula 1, após o bom desempenho de 2011, pode ser muito negativo para a sua continuidade na categoria.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Michael Schumacher: a experiência precisa aparecer


Há algum tempo as equipes da Fórmula 1 que não se encaixam na denominação de “grande”, descobriram que uma boa fórmula para manter um bom desempenho é contar com a combinação piloto experiente + piloto jovem endinheirado. O experiente serviria para liderar o projeto, ajudar os engenheiros a encontrar as melhores saídas, os acertos mais adequados, contribuir tecnicamente, enfim. Já o jovem rico, serve para trazer a grana para o orçamento e, se possível, acelerar bem.

A Mercedes está num meio do caminho. A equipe não busca jovens endinheirados, Nico Rosberg não é esse piloto, mas também ainda não reúne quilometragem significativa e Michael Schumacher não parece interessado em emprestar sua experiência para fazer da equipe uma nova Red Bull em potencial.

A pergunta que fica é: para que pagar um salário multimilionário para o heptacampeão, se ele claramente só busca diversão? Particularmente não posso deixar de registrar que é um prazer ver Schumacher na pista, principalmente quando ele põe em prática o talento que o levou a derrubar os recordes da Fórmula 1 (GP’s da Itália e do Canadá, por exemplo).

E, como não sou eu quem paga o seu salário, sou obrigado a agradecer a Ross Brawn por ainda não ter percebido que Schumacher não tem muito a contribuir com o time. Pode contribuir como show, mas acho que isso não deveria suprir as ambições de uma equipe estruturada como a Mercedes.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Nico Rosberg: sobrevivendo ao hepta


Correr sob a sombra de Michael Schumacher não é fácil. Após superar o heptacampeão com facilidade em 2010, Nico Rosberg viu a competição interna da Mercedes ficar mais apertada em 2011, mas ainda assim, ficou à frente.

Não que essa competição exista porque Schumacher queira, mas é óbvio que a cobrança sobre alguém que corre ao seu lado existe, independente do momento digamos, descontraído, que vive o heptcampeão.

A verdade é que a Mercedes ainda não disse a que veio na sua volta à Fórmula 1 e seus dois pilotos são vítimas disso. Os alemães estão um degrau abaixo do desempenho de Red Bull, McLaren e Ferrari e não há talento capaz de diminuir essa distância na pista. Se o carro não evoluir em 2012, a ambição de Nico Rosberg continuará sendo superar Michael Schumacher. É muito pouco.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Felipe Massa: o destoante



Felipe Massa terminou o ano de 2011 dando zerinhos na frente da sua torcida em Interlagos, após fechar o GP do Brasil em quinto lugar. A imagem, tão surpreendente quanto chocante, escancarou a maneira pouco indignada com a qual Massa vem encarando o declínio absurdo de sua carreira, desde que tirou o pé do acelerador deliberadamente no GP da Alemanha em 2010, entregando a vitória para o seu companheiro Fernando Alonso.

Felipe se tornou um espectro. O seu limitado talento, sobre o qual falei um pouco neste post, foi reduzido a vergonha em 2011. Dentre os pilotos das equipes grandes, Massa foi o único a não vencer corridas. Foi o único a sequer subir ao pódio. O máximo que conseguiu foram 6 quintos lugares, inclusive aquele na última prova, que o fez comemorar com a torcida, sabe-se lá exatamente o que.

Sua temporada arruinou seu bom status na Ferrari, conseguido após uma ocasional boa temporada em 2008. A equipe já nem tenta esconder que o brasileiro é carta fora do baralho em 2013, salvo a chance de conseguir se superar em 2012.

Pela maneira descontraída como encarou seus últimos dois anos na Fórmula 1, acho que só um milagre mesmo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Lewis Hamilton: de volta em 2012?


Lewis Hamilton viveu, em 2011, aquilo que podemos chamar de inferno astral. Quando chegou à Fórmula 1 em 2007 dando sufoco no atual campeão Fernando Alonso, deixou todo mundo de queixo caído. Em 2008 faturou o título na última prova, um final apoteótico em Interlagos, contra Felipe Massa. Foi quando todos pensaram que Hamilton seria aquele que chegaria aos recordes estabelecidos por Michael Schumacher. Aquilo que, hoje, todos pensam de Sebastian Vettel.

O fato é que essa bajulação toda fez mal a Lewis. Suas temporadas em 2009 e 2010 foram boas, mesmo que ele demonstrasse, aqui e ali, uma inexplicável tendência a se meter em confusões. Porém, o que era apenas uma característica menor, se tornou um grande problema em 2011.

Hamilton fez tudo errado. Causou acidentes, arranjou briga com meio grid, foi punido diversas vezes, se fez de vítima, um pobre piloto contra o poderoso sistema da Fórmula 1. Viu seu companheiro Jenson Button lhe tomar o posto de queridinho da McLaren.

Rompeu a parceria que tinha com seu pai, aquele que o ajudou a conduzir sua carreira até à chegada na Fórmula 1. Vive um relacionamento que vai e volta com uma estrela da música pop. Se transformou mais em celebridade do que em esportista.

Mas deu mostras nas duas últimas provas do ano, de que seu talento não se perdeu. Se colocar a cabeça no lugar é candidato ao título de 2012. Que isso ocorra, para o bem do automobilismo.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Fernando Alonso: ainda o melhor


OK, Sebastian Vettel foi o grande campeão. Tem, agora, os mesmos dois títulos de Fernando Alonso. Mas ainda resisto à tentação de colocar o alemão um patamar acima do espanhol. Alonso mostrou, em 2011, o que é capaz de fazer com um carro inferior. Sim, porque a Ferrari esteve muito atrás de McLaren e Red Bull neste ano, acho que disso ninguém duvida.

Alonso esteve sempre entre os primeiros colocados, disputou o vice campeonato até a última prova, venceu uma corrida (Silverstone), enfim, incomodou bastante. Nem vou mencionar o fato de ter somado mais que o dobro de pontos de seu companheiro de equipe, porque aí já é chutar cachorro morto.

Alonso trouxe de volta à Ferrari o toque de mestre do grande campeão. Coisa que a equipe não tinha desde a saída de Michael Schumacher. Falta agora conseguir formar uma equipe vencedora como aquela da primeira metade dos anos dois mil. Com um segundo piloto forte, acredito que isso pode acontecer.