quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Raridades...

Vídeos com carros antigos de Fórmula 1 sempre me pegam. Onde estão estes modelos? Quem pode pilotá-los? Como encontrá-los?

O vídeo abaixo é da Williams que, aparentemente em 2012, colocou Valteri Bottas para pilotar um FW14b, uma das máquinas mais incríveis da história. Muito legal ver o cuidado dos membros da equipe com o carro e a reação do piloto após a experiência.

Reparem que foram utilizados equipamentos originais de 1992 no monitoramento do carro. Sensacional!


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mais uma da Williams: Rob Smedley


Não é exatamente uma novidade: a Williams anunciou a contratação de Rob Smedley, que foi engenheiro de Felipe Massa na Ferrari. Ele vai ocupar o cargo de chefe de performance, e vai supervisionar os trabalhos de Andrew Murdoch, atual engenheiro do brasileiro e de Jonathan Eddolls, que cuida de Valtteri Bottas.

É um cargo mais estratégico, um upgrade na carreira de Smedley e uma boa jogada da Williams, que traz outro profissional gabaritado e em plena atividade. A equipe contratou bastante gente para 2014: além de Massa e Smedley, que vieram da Ferrari, também chegaram Shaun Whitehead e Dave Wheater, da Red Bull e da Lotus, respectivamente. Eles são responsáveis pela parte aerodinâmica do carro.

Sem dúvida, a equipe investiu bastante, o que era inevitável depois do desempenho horroroso de 2013. Mostra que a Williams, apesar de não ser a mesma dos anos 90, não perdeu a essência de equipe grande. Por isso que gostamos dela.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Mercedes ainda na frente

A Lotus apareceu no Bahrein. Mas seguiu a tendência dos outros Renault, e pouco andou

Olha, se os primeiros testes da Fórmula 1 em Jerez são só pra ver se o carro funciona, os do Bahrein já representam algo há mais, já que as equipes precisam começar a fazer tempos competitivos para verem como esses carros andam no limite. O problema é que nada parece ter mudado entre a última sessão, realizada na Espanha e a primeira da pista Barhenita, hoje.

Os carros com motores Renault decepcionaram, incluindo a Red Bull, que mal conseguiu andar, os Mercedes voltaram a mostrar força e a Ferrari continua no meio do caminho. A novidade foram a Lotus, que apareceu num teste pela primeira vez, mas conseguiu apenas dar voltas de instalação com Romain Grosjean. A má notícia foi que a Williams enfrentou problemas e Felipe Massa não marcou tempo.

O mais rápido de hoje foi Nico Hulkenberg, com a Force India, seguido de Fernando Alonso e Lewis Hamilton. O primeiro carro com motor Renault que aparece é a Red Bull, com Sebastian Vettel, quase 3,5 segundos mais lento.

Se a Renault não resolver estes problemas, além de um mico histórico, temos chance de ver um mundial diferente, com inversão de domínio e, quem sabe, um novo campeão. Estou começando a gostar mais dessas novas regras.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ídolos do Blog: Bobby Rahal



Quando descobri a Indy, no começo da década de 90, uma das coisas que mais me chamavam a atenção na categoria era a quantidade de veteranos que passaram pela Fórmula 1 e que competiam em alto nível na América do Norte. Emerson Fittipaldi, Mário Andretti, Stefan Johansson, Nigel Mansell, entre outros. Mas também haviam aqueles que não estiveram na F1 e que davam show na pista. Entre eles, um senhor careca e usando um enorme par de óculos se destacava, principalmente por não ter, de jeito nenhum, aparência de piloto: era Bobby Rahal.

Mas só não tinha a aparência mesmo, porque na pista, Bobby era espetacular. Três vezes campeão da Indy, dono de um estilo de pilotar único, regular, sem cometer erro algum, incomodava os adversários o tempo todo, frequentemente levando-os a erros quando viam o carro preto de Rahal atrás. Me lembro que, certa vez, nos áureos tempos da Indy no SBT, fizeram uma reportagem perguntando aos pilotos qual era o adversário mais chato, e Bobby Rahal foi eleito o pior de todos por unanimidade.

Infelizmente, depois de ter sido campeão em 92, a idade começou a pesar e o velho Bobby foi virando um coadjuvante de luxo. Em 93 não conseguiu se classificar para Indianápolis. No ano seguinte, por meio de sua equipe, a Honda chegou à Fórmula Indy, mas o resultado foi uma sucessão de quebras e decepções que levaram Rahal a romper o contrato, e perder o filé, já que os japoneses aprenderam a lição e passaram a fornecer um canhão para as equipes que os contrataram nos anos seguintes.

Seu ultimo brilho aconteceu em Jacarepaguá, em 1997, quando liderou 120 voltas do GP do Brasil, demonstrando uma habilidade espetacular para contornar as curvas do circuito com os freios de seu carro já em frangalhos. Acabou perdendo a corrida na última volta, quando seu carro ficou sem combustível. Despediu-se das pistas em 1998, quando sofreu um grave acidente em Motegi, no Japão.



Rahal tentou a sorte na Fórmula 1, como dirigente da Jaguar, mas o amadorismo da equipe não permitiu que ele trabalhasse, e a passagem durou pouco. Hoje é dono da equipe Rahal Lettermann que tem como piloto seu filho, Graham Rahal.

Um grande gênio das pistas, importantíssimo no processo de popularização e profissionalização da Indy, nos anos 90.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Feios, mas estilosos

Nova McLaren MP4\25: se andar bem, ninguém vai lembrar que é feia 

Se não me engano, as mudanças no regulamento da Fórmula 1 para 2014 são as mais radicais pelas quais a categoria passou, desde 1994. Naquele ano, toda a eletrônica dos carros foi banida, mas cometeu-se o equívoco de manter a potência dos motores, criando carros altamente instáveis, o que gerou vários acidentes graves. Agora, 20 anos depois, a F1 volta a apresentar carros completamente novos, e é possível que os pilotos, pelo menos nas primeiras corridas do ano, façam a diferença no braço, algo que não víamos há muito tempo.

Essa é a grande perspectiva deste início de temporada. Não restará ao piloto, como nos últimos anos, apenas acelerar. Será necessário conhecer o comportamento do carro, saber onde pode explorar mais a máquina e, principalmente, saber a hora de conservar o equipamento. Os mais inteligentes vencerão.

Para entender melhor, sugiro a leitura deste post do Flávio Gomes. Os carros terão motores 1.6 turbinados, com um novo sistema de recuperação de energia, freios eletrônicos, menos arrasto aerodinâmico nas frenagens e um câmbio de 8 marchas. Os primeiros testes mostraram como as primeiras etapas serão difíceis. Houve inúmeras quebras em Jerez de la Frontera e a Red Bull, por exemplo, mal conseguiu testar.

Mas o que tem chamado mais a atenção são dois fatores: o visual e o som dos carros. O regulamento impõe restrições a altura do bico e os novos motores, com apenas um escapamento, produzem um som mais agudo e menos marcante.


Realmente, os carros são feios. Nesse quesito, parabéns à Caterham que conseguiu a façanha de produzir o F1 mais horroroso já visto. Mas nessa história toda, há um ponto que me agrada: apesar de feios, os carros são diferentes entre si. Casa projetista interpretou o regulamento à sua maneira e, em 2014, os carros voltam a ter identidade. Uma identidade feia, é verdade, mas é melhor do que a padronização visual dos últimos anos, que levou os carros a se diferenciarem apenas por sua pintura.

Em relação ao som, nem tenho muito o que comentar, porque acho que isso só faz diferença para quem está no autódromo. O video abaixo faz uma  comparação interessante entre os carros de 2013 e os atuais:



No fim das contas, o que vale é o seguinte: se o campeonato começar bem, com disputas, ultrapassagens e diferentes pilotos ganhando, ninguém vai ligar se o carro é feio ou o barulho é chato. Portanto, resta esperar que as luzes vermelhas se apaguem em Melbourne.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Calma, calma...


Ainda vou comentar sobre o visual dos carros de 2014, mas resolvi adiantar um rápido comentário sobre o desempenho das equipes ao ler essa postagem do amigo Ron Groo, no seu blog.

Não chego a dizer que a RedBull e a Ferrari tenham se dado bem nestes testes por conhecer os problemas mais cedo que os outros, mas concordo que há barulho demais com relação ao resultado final das equipes nestes quatro dias em Jerez de la Frontera.

Pelas imagens que vi, ninguém andou rápido o suficiente para se julgar na frente. Daí a necessidade de se relativizar os bons resultados de Felipe Massa com a Williams. OK, de fato, a Mercedes parece ter se entendido melhor com as novas especificações dos motores e é possível até que os carros equipados com os propulsores alemães levem alguma vantagem na primeira corrida. Mas não é o caso ainda de se descartar a Renault.

Mal mesmo está a Lotus que sequer levou seu carro para a pista e, essa sim, perdeu quilometragem. Aliás, ao que parece, Felipe Massa deve ter tido esse pressentimento, ou teve acesso a informações privilegiadas sobre a draga em que a equipe preta e dourada entraria, por isso optou pela Williams. Realmente, parece ter sido uma boa decisão, o que não parecia alguns meses atrás.

Voltando aos testes, não há mais muito espaço para quedas bruscas de desempenho e a Renault vai reagir. Mas parece que as novas regras irão proporcionar um começo de campeonato bastante interessante e embolado, com chance de termos novas caras disputando vitórias. No final das contas, é isso mesmo que todos querem.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Schumacher, ex-pilotos e adrenalina


Infelizmente, a notícia mais relevante do mundo do automobilismo no final do ano foi o acidente de Michael Schumacher. Todo mundo já sabe: o heptacampeão estava esquiando nos alpes franceses e, numa pista paralela, acabou caindo e batendo a cabeça numa pedra. Seu estado foi considerado gravíssimo assim que chegou ao hospital.

Mas Schumacher vai sair dessa, pelo menos é o que têm dito alguns especialistas. Ficou 30 dias em coma e agora começa a despertar. Não se sabe quais serão as sequelas, mas o mais importante é saber que a sua vida foi preservada.

Assim como todos os ex-pilotos de Fórmula 1, Schumacher também não consegue ficar longe da adrenalina. Existem vários casos de pilotos que se acidentaram, depois de largar a categoria. Mário Andretti, por exemplo, com quase 70 anos capotou várias vezes em Indianápolis, quando testava um carro da Indy em 2003. Testava nada, estava é se divertindo mesmo (veja no video abaixo o bom humor do ex-piloto, após o acidente. Incrível!).



O próprio Schumacher, quando parou pela primeira vez, foi andar de moto e caiu várias vezes, até que sua esposa permitiu que ele voltasse para a Fórmula 1. Achou mais sossegado.

O que sera de Schumacher, só o tempo vai dizer. Mas o fato de termo o maior piloto de todos os tempos vivo, depois do que aconteceu, já é uma vitória.

De volta

Foi no dia 07 de dezembro que me despedi, prometendo voltar logo. Obviamente não cumpri a promessa e volto hoje ao blog, quase dois meses depois do ultimo post. Há explicações, elas sempre existem. Mas não creio que podem justificar tamanha ausência. Mudei o rumo da minha vida e é possível que vocês leiam meus textos com menos frequência, mas não vou parar o blog.

Essa semana, vamos começar comentando os assuntos que estão atrasados. E como aconteceu coisa. O susto do heptacampeão, que vai sair dessa, os novos carros da Fórmula 1, as dificuldades da Renault e da Red Bull, o bom começo de Massa na Williams. Teve Tony Kanaan ganhando espaço na Ganassi, sua nova equipe. E muitas outras coisas, que vou me lembrando ao longo da semana.

E vamos lá, porque o Velocidade e Cia está de volta e não vai parar!