terça-feira, 26 de novembro de 2013

O significado das homenagens

Massa é aplaudido na saída dos boxes em Interlagos: devoção da
Ferrari ao brasileiro não está ligada à resultados

Desde que teve anunciada a não renovação de seu contrato, Felipe Massa não para de receber homenagens da equipe Ferrari. No Brasil então, sua última corrida, tudo pareceu um exagero. Afinal de contas, se gostam tanto dele, porque não deram uma nova canetada no contrato?

A resposta para essa pergunta é uma triste constatação de que Felipe pode ser um cara bacana, leal e companheiro mas, infelizmente não traz bons resultados. A devoção dos mecânicos e dirigentes à sua figura está muito mais ligada àquilo que Massa ofereceu fora da pista. Dentro dela, foram 11 vitórias ao todo, uma a mais que Fernando Alonso, que correu metade do tempo na equipe italiana. Houve a disputa de título em 2008. Mas o grande problema foi a partir da chegada do espanhol na Ferrari, quando o desempenho de Felipe Massa caiu vertiginosamente, culminando com a não renovação do contrato.

Então, cabe a pergunta: sendo Felipe mais um cara legal do que exatamente um ótimo piloto, teria feito a Williams um bom negócio? O time inglês está investindo pesado, contratou Pat Symonds e Rob Smedley, terá motor Mercedes e quer aproveitar ao máximo o novo regulamento em 2014.

Mas em termos de pilotos... não sei. Claro que Felipe traz a experiência de anos de Ferrari (já disse ter andado no carro do próximo ano no simulador) mas, a princípio, parece não ser a melhor aposta para liderar um projeto de ressurgimento de uma ex-campeã.


Em 2012 errei ao palpitar sobre a contratação de Kimi Raikkonen para a Lotus. Tomara que eu erre de novo. 

domingo, 24 de novembro de 2013

Vettel vence no fim de feira da Fórmula 1

Acabou a temporada 2013 da Fórmula 1. Um campeonato que vai deixar poucas saudades. É claro, se o campeão vence 13 das 19 corridas, não há como ter mesmo uma competição. Principalmente após a segunda metade da temporada quando somente a RedBull parecia mesmo ter um carro. As outras equipes passaram todas a pensar em 2014 e agora é conferir se isso surtiu algum efeito.

Assim mesmo, Interlagos foi, como sempre é, capaz oferecer um bom espetáculo. Corrida com muitas ultrapassagens, boas disputas, um clima de dúvida no ar em função da chuva que pode vir ou não.

O circuito brasileiro só não conseguiu frear o tetracampeão Vettel que igualou o recorde de vitórias numa mesma temporada, que pertencia à Michael Schumacher. O caminho até parecia que seria mais duro para o alemão quando Nico Rosberg largou melhor e tomou o a ponta. Mas isso durou uma volta. Fazendo uso do seu melhor equipamento, Sebasitian passou de passagem pela Mercedes do compatriota e foi embora. A RedBull ainda cometeu um erro em seu último pit-stop ao ficar em dúvida sobre qual jogo de pneus usar, mas nada que impedisse a vitória do alemão.

As duas despedidas mais significativas tiveram desfechos diferentes. Mark Webber, que deixa a Fórmula 1 para disputar o mundial de endurance, conseguiu um ótimo segundo lugar e comemorou dando a volta de desaceleração sem capacete. Enquanto Felipe Massa, que deixa a Ferrari para competir pela Williams fazia boa prova, estava em 4º lugar quando foi punido por passar com as quatro rodas numa área não permitida. A FIA e suas frescuras.

Fernando Alonso fechou em terceiro ainda dando trabalho à Webber. Sinceramente, torço para que a Ferrari acerte a mão no carro de 2014. O espanhol merece um equipamento que lhe permita brigar por títulos.


Agora resta aguardar os anúncios previstos para os próximos dias. Lotus, Sauber e Force Índia são os lugares cobiçados por Pérez, Hulkenberg e Maldonado, principalmente. E torcer para que 2014, com o novo regulamente, traga as disputas de volta, sem passeios de um piloto só. A torcida merece.  

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Pérez dança na McLaren: Button e Magnussen formam a dupla em 2014

Kevin Magnussen faz parte do
programa de desenvolvimento de
pilotos da McLaren

Finzinho de ano pra lá de agitado na Fórmula 1. Depois do anúncio de Massa, na Williams, agora foi a vez da McLaren definir sua dupla de pilotos para o ano que vem: Jenson Button e Kevin Magnussen, filho de Jan, aquele que andou de McLaren e Stewart na década de 90, sem sucesso em nenhuma delas. Sérgio Perez dançou.

Os indícios já vinham aparecendo há muito tempo. A começar pelo comportamento um tanto quanto agressivo do mexicano na pista, o que irritou Jenson Button. As más línguas dizem que Perez é um cara difícil e que seu santo não vinha batendo com a equipe de Woking. No Tooned, aquela série divertidíssima que a McLaren criou no Youtube, o personagem do mexicano ficou mudo nos últimos episódios. E, na última semana, ele andou criticando a equipe para quem quisesse ouvir. Hoje veio a confirmação de que está fora.

Interessante é que Perez chegou à McLaren com status de revelação, depois de 2 anos muito competitivos na Sauber (sem contar a grana que o acompanha, que vem da Claro). Mas pegou uma McLaren em plena decadência e talvez tenha tido pouca habilidade para lidar com isso. Nem acho que seus resultados foram tão desastrosos, mas está na cara que não foi só uma questão de resultados.


E agora? Com a grana que tem, o mexicano deve ter lugar na Sauber, na Force Índia e até na Lotus. Mas, e Maldonado? Parece que sua situação na equipe de Enstone já não é mais tão clara assim. Temos muito o que ler e ouvir até o início da próxima temporada... 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Williams vai de Massa e Bottas em 2014

Felipe Massa vai mesmo correr pela Williams, a partir do ano que vem. Poderia ser uma notícia ruim, um piloto sair de um time de ponta como a Ferrari para andar na metade de trás do grid. Mas não é o caso. Depois de três temporadas lamentáveis, Felipe ganha uma nova chance na carreira, a de liderar um time que busca crescer novamente. A Williams é uma equipe estruturada, terá um bom motor (Mercedes) e um segundo piloto inexperiente e que ainda não mostrou nada (Valteri Bottas). Um bom cenário para o brasileiro de 32 anos dar à sua carreira um ato final honroso.

 Massa tem carisma o suficiente para trazer a equipe para junto de si, provou isso nos anos em que correu com Raikkonen. Com Fernando Alonso a história é diferente, principalmente porque o espanhol é mais piloto. No ano que vem o regulamento trará grandes mudanças, é sempre um cenário propício para o surgimento de surpresas inesperadas (alguém lembra da Brawn, em 2009?).

Mas é bom não criar muitas expectativas. A Williams é uma equipe digna, mas não faz parte das grandes há muito tempo. Teve um brilhareco no ano passado, com a vitória de Maldonado na Espanha, mas foi uma exceção.

Maldonado que, aliás, deverá levar a grana da PDVSA para a Lotus, o que também é bom negócio para ele. Só não sei se será bom para a equipe, que contará com uma dupla explosiva e desastrada, composta pelo venezuelano e por Romain Grosjean. É bom fazer um seguro dos carros pretos.


Voltando à Massa e à Williams, o Brasil ganha uma sobrevida na Fórmula 1. Há, ainda, a possibilidade de Felipe Nasr fechar como piloto de testes da equipe inglesa, o que também seria boa notícia. Vamos acompanhar as próximas notícias. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Especulações

A temporada de boatos da Fórmula 1 está bem quente, como era de se esperar desde o anúncio da saída de Felipe Massa da Ferrari. Na última semana, o jornalista Américo Teixeira Júnior cravou que o brasileiro assinou um contrato de cinco anos com a Williams, sem a necessidade de uma compensação financeira. No mesmo dia, descobrimos que Massa seguia Ferrari e Williams no seu perfil do Twitter e, ao ser descoberto, saiu seguindo outras equipes desvairadamente. Agora, o mesmo Américo crava que Maldonado fechou com a Lotus, levando a grana da PDVSA, na mesma semana em que Eric Boullier disse que não tem condições de bancar um piloto, praticamente descartando a até então certa contratação de Nico Hulkenberg.

Ainda sem nenhuma confirmação oficial, este parece ser um cenário provável, apenas com uma ressalva estranhíssima: de onde a Williams tiraria dinheiro para pagar salários à Felipe Massa, sem que o brasileiro contribua com nenhum centavo para os cofres da equipe? E ainda mais depois de perder dinheiro da PDVSA!

Há algum tempo, havia especulações de que a Petrobrás estudava uma volta à Fórmula 1 pela equipe de Frank Williams. Testes estariam adiantados e a petrolífera brasileira poderia ser anunciada a qualquer momento. Isso sim poderia explicar a ida de Felipe Massa para a Williams, já que seria bem interessante para a Petrobrás contar com um brasileiro defendendo seu combustível. E um brasileiro experiente, vice campeão do mundo e que passou 8 anos na Ferrari, melhor ainda.


De qualquer maneira, prefiro esperar para comentar quando os anúncios saírem. Aí fica mais fácil para pensar no cenário do Brasil na F1 em 2014.