terça-feira, 27 de julho de 2010

Houve uma corrida...

Largada na Alemanha: até parecia que seria uma boa prova...


O fato de ninguém estar se lembrando de que houve uma corrida na Alemanha este fim de semana, é uma prova inequívoca do mal que a Ferrari faz ao automobilismo. Suas ordens de equipe desastradas e autoritárias, que são seguidas por pilotos mequetrefes e pouco ambiciosos, acabam nos fazendo esquecer que um mundial está sendo disputado e que há outros pilotos interessados em ganhar o título, ao contrário de Felipe Massa.

Infelizmente o GP da Alemanha foi uma corrida pouco interessante e seus raros lances de emoção foram camuflados pela patuscada da Ferrari. Logo na largada Sebastian Vettel se encarregou de estragar o próprio fim de semana, que tinha tudo para ser perfeito, ao patinar na largada e espremer Fernando Alonso no muro. Impressionante como a falta de maturidade do alemão está complicando sua vida no campeonato.

As Ferrari se aproveitaram e foram embora. Lewis Hamilton tratou de ultrapassar Mark Webber e tentou acompanhar a outra Red Bull, sem sucesso. Enquanto isso Jenson Button fazia uma corrida consistente e inteligente como sempre. Ficando mais tempo na pista, conseguiu superar Webber e chegou logo atrás do companheiro.

Depois das paradas nos boxes a briga das Ferrari parecia mais aberta, pois Massa se manteve à frente de Alonso mesmo com dificuldades para aquecer os pneus mais duros. Numa de suas tentativas de ultrapassagem, Alonso foi fechado pelo companheiro e soltou um “Isso é ridículo” no rádio, certamente se referindo ao céu nublado, contrastando com a bela paisagem da Floresta Negra, que envolve o circuito de Hockeinheim.

Mais tarde, Felipe Massa cometeu um erro: ao acelerar na saída da curva, seu pé escorregou do acelerador, o que permitiu a ultrapassagem de seu nobre companheiro de equipe. Alguns torcedores foram embora do autódromo, enquanto outros ensaiaram algumas vaias. Certamente são pessoas de mente poluída, que acreditam que uma equipe tão comprometida como a Ferrari, pediria para que um piloto de tanta personalidade como Felipe Massa cedesse a vitória. Bobinhos.

De resto, cabe dizer que Rubens Barrichello não conseguiu repetir a boa performance das últimas provas, embora tenha ido bem no sábado. Petrov finalmente conseguiu pontuar com a Renault e as duas Toro Rosso conseguiram bater uma na outra, arrebentando a corrida da equipe.

Ah, e Luciano Burti que teve vergonha de traduzir o “isto é ridículo” de Fernando Alonso durante a transmissão, terminou a mesma afirmando que o grande vencedor do fim de semana foi Felipe Massa. Caso encerrado.

Classificação Final (10 primeiros)

1º) Fernando Alonso – Ferrari
Vinha num belo fim de semana, rápido nos treinos. Só não assumiu a liderança na largada porque foi espremido no muro por Vettel. Estava mais rápido que Felipe Massa, mas aparentemente para ele, isso não é suficiente para ultrapassar. É preciso que o companheiro permita esta ultrapassagem.

2º) Felipe Massa – Ferrari
Parecia estar renascendo para a Fórmula 1 correndo de forma consistente, se defendendo dos ataques de Alonso. Mas acatou uma ordem da equipe e, nas palavras brilhantes de Daniel Gomes, acabou morrendo.

3º) Sebastian Vettel – Red Bull Renault
Mais uma vez a imaturidade de Vettel o impede de ganhar mais pontos. Se tivesse se mantido em linha reta, ao invés de espremer Fernando Alonso, depois de largar muito mal, poderia ter garantido a segunda posição, atrás do espanhol.

4º) Lewis Hamilton – McLaren Mercedes Benz
Quando sente que não dá, corre para se manter na ponta do campeonato. Foi o que fez este fim de semana, na Alemanha, e se deu muito bem. Permanece na liderança do campeonato com todos os méritos.

5º) Jenson Button – McLaren Mercedes Benz

Consistente, rápido e eficiente. Vai marcando Lewis Hamilton bem de perto. Uma bobeada do companheiro e ele toma a liderança do campeonato.

6º) Mark Webber - RedBull Renault


Desta vez não brilhou como nas outras corridas. Foi ultrapassado por Hamilton no início e depois acabou sendo vítima da boa estratégia da McLaren para Button. Ainda assim marcou pontos importantes para o campeonato.

7º) Robert Kubica – Renault
Foi o primeiro colocado do “resto”, o que é bom levando em consideração o equipamento que tem na mão.

8º) Nico Rosberg – Mercedes Benz
Desta vez não brilhou como em Silverstone, embora tenha chegado à frente do ilustre companheiro de novo. Não foi um bom fim de semana para a Mercedes.

9º) Michael Schumacher – Mercedes Benz
Mais uma corridinha apagada do heptacampeão que segue em ritmo de pós-aposentadoria. Está apanhando feio do companheiro Nico Rosberg, mas não está nem aí.

10º) Vitaly Petrov – Renault
Desta vez não fez nenhuma bobagem, e conseguiu seu segundo pontinho na temporada. Precisa mostrar mais, está muito atrás do companheiro de equipe.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lições mal aprendidas


Felipe Massa e Fernando Alonso: troca de posições tem novos ingredientes


Mark Webber é um personagem importante para a Fórmula 1. Ele mostrou que é possível, mesmo sendo um declarado segundo piloto, mandar uma trolha para sua própria equipe, vencer corridas e tirar uma casquinha dos dirigentes. Seu contrato não está em risco, a equipe e os mecânicos o respeitam. Não foi demitido.

Jenson Button é outro que nada tem de bobo. Disputa atenção dentro da McLaren com Lewis Hamilton, o xodó dos ingleses. Na Turquia estava em segundo e recebeu ordem para não ultrapassar. Mas não se importou, tentou a ultrapassagem e protagonizou, junto com o companheiro, uma das mais belas disputas desta temporada. O contrato do atual campeão não está em risco, ele não foi demitido.

Aparentemente os pilotos da Ferrari e a própria equipe estão em outro planeta. Só isso pode explicar que a equipe tenha repetido, neste último domingo, uma das atitudes mais infelizes de sua história ao mandar que um piloto dê passagem ao outro deliberadamente. A diferença é que desta vez a sinceridade escancarada foi substituída por um cinismo irritante, como se a Ferrari dissesse na cara de todos os amantes do automobilismo: vocês são uns trouxas. “Que pena que Massa teve um problema no câmbio”, disse Fernando Alonso ao final da prova, como se estivesse zombando das milhares de pessoas que, incrédulas, acompanharam uma equipe tirar a vitória de seu piloto, matando o pouco que ainda restava de esporte na Fórmula 1.

Para facilitar a leitura deste post, vamos dividir a análise entre os três personagens desta palhaçada: a Ferrari, Fernando Alonso e Felipe Massa.

Ferrari

Para começar, não cabe punição. Não há como proibir ordens de equipe. Isso é política interna de cada um, até porque, se fosse uma decisão de título, com Alonso dependendo da vitória, ninguém questionaria. O que mais impressiona é que a Ferrari tenha uma torcida tão fiel, esteja na Fórmula 1 há tanto tempo e tenha uma imagem tão ligada à velocidade, sendo a equipe que é: antidesportiva, desorganizada, sem planejamento. É incrível que alguém ainda tenha a coragem de ostentar uma bandeira de um time que proíbe um de seus pilotos de vencer uma corrida.

Fernando Alonso

É o melhor piloto do grid da Fórmula 1, rápido, inteligente, capaz de grandes corridas. Teve um fim de semana espetacular. Só não disparou na liderança da prova porque a besta do Vettel largou mal de novo e resolveu jogá-lo contra o muro.

Mas nada disso apaga o fato de que Alonso é um dos maiores babacas que já surgiram no automobilismo. Trabalha nos bastidores, desestabiliza companheiros, exige jogos de equipe e, no final, fala que não sabia de nada. É aquele colega que articula todas as sacanagens da turma na escola e quando a professora descobre faz cara de santo e aponta do dedo para os amigos.

Felipe Massa

Fernando Alonso jogou Felipe Massa na brita, quando o brasileiro deu uma bobeada na China, este ano. Felipe diz que trabalha pela equipe, e deu uma vitória de bandeja para o bicampeão. Se isso não é ser muito otário, então me digam o que é.

A Fórmula 1 não é uma rede de empregos. O pouco que resta de esporte ali exige que seus atletas se dediquem integralmente à vitória. Mark Webber vem fazendo isso. Jenson Button também. O que pensar então de alguém que abre mão de uma vitória em nome de um companheiro que nem disputando o título está? Flávio Gomes escreveu uma coisa em seu blog, com a qual concordo 100%: engana-se que acredita que Felipe está conseguindo respeito internamente. Mesmo com toda a sua falta de ética esportiva, a Ferrari também espera que seus pilotos tenham gana de vencer. Caso contrário, relegam o derrotado ao posto de eterno segundo piloto. E isso já está decretado.

E o mais triste é que Massa está na equipe a mais tempo do que Fernando Alonso. Se ele não tem moral para peitar uma decisão deste nível da Ferrari, é porque seu caráter é bem mais fraco do que imaginávamos. E, mais uma vez, nosso principal representante na Fórmula 1, é relegado ao posto de escudeiro. Triste sina a de um país que já teve tantos campeões.

Amanhã volto para falar da corrida em si, porque este assunto já cansou.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Para relembrar: a primeira de Barrichello


Rubinho na Alemanha, em 2000: 1ª vitória inesquecível



Este fim de semana, na Alemanha, Rubens Barrichello vai comemorar os 10 anos da sua primeira vitória da Fórmula 1. Foi em Hockenheim, em 2000, no seu primeiro ano como piloto da Ferrari. Uma corrida inesquecível por muitos motivos, mas principalmente, por ter sido uma das maiores vitórias de um piloto de Fórmula 1.



Eu tenho essa corrida gravada até hoje e resolvi assisti-la novamente essa semana, para escrever este texto. Assisto corridas de Fórmula 1 há pelo menos 22 anos e não me lembro de ter visto uma prova tão magistral. Talvez a vitória de Schumacher, na Bélgica, em 1995, seja comparável, mas dela falamos outro dia.



O fim de semana tinha começado mal para Barrichello. Com o carro reserva e com a pista molhada, ele se classificou em um modestíssimo 18º lugar no grid de largada. Enfrentando dificuldades em seu primeiro ano de Ferrari, precisando lidar com o fato de ser mais lento que o companheiro Schumacher, Rubinho vivia um momento complicado.



Logo na largada, um acidente tirou Michael Schumacher da disputa. As Mclaren de Mika Hakkinen e David Coulthard dispararam na liderança e, uma vitória do finlandês o colocaria na liderança do campeonato, que vinha sendo dominada pelo alemão. Mas Rubinho não parecia disposto a colaborar.



Voando desde o início da prova, Barrichello vinha engolindo todos os adversários. A Ferrari programou uma estratégia de duas paradas, contra uma dos outros, numa tentativa de deixar Rubinho com o carro mais leve por mais tempo, dando a ele a chance de ganhar mais posições. Em apenas 15 voltas o brasileiro já ocupava a terceira posição, quando fez sua primeira parada.



Neste momento, um lance curioso mudou os rumos da prova: a pista foi invadida por um bêbado muito doido, que provocou a entrada do Safety car. Todos os pilotos foram para o box fazer suas paradas, o que deixaria Rubinho na liderança, que ele logo perderia por ter que parar de novo. Esperto, Ross Brawn chamou o brasileiro que trocou pneus junto com o pelotão e voltou em terceiro lugar, atrás de Jarno Trulli, então na Jordan. Hakkinen liderava.



Na relargada Rubens tentava de todas as maneiras ultrapassar Trulli, sem sucesso. Foi quando houve o segundo fato relevante: uma forte chuva caiu nas imediações da reta dos boxes (Hockenheim era uma pista imensa) deixando parte do circuito alagada. As equipes começaram a chamar seus pilotos para trocar pneus, inclusive Mika Hakkinen. Barrichello continuou com pneus slick, apostando que o restante da pista permaneceria seco.



Foi um show. Se equilibrando com os pneus inadequados na parte mais molhada, Rubens não só se manteve à frente de Mika Hakkinen, como foi aumentando sua vantagem na liderança. Na bandeirada, toda a equipe Ferrari estava no alambrado, dando a impressão de que os mecânicos entrariam na pista. A equipe Jaguar, antiga casa de Rubinho (ele era da Stewart em 99, que foi comprada pelos ingleses), também festejou com ele no alambrado.



Foi uma festa como poucas vezes se viu na Fórmula 1. Os pilotos da McLaren erguiam Rubens que chorava feito criança no pódio, ao som do hino nacional. Não me lembro de ter visto tanta festa pela vitória de um piloto. Desde 1993 um piloto brasileiro não ganhava uma corrida de Fórmula 1. Rubinho foi o cara que segurou o rojão após a morte de Senna e a vitória tinha que ser dele mesmo.



Depois disso a carreira de Barrichello tomou rumos estranhos, ele se tornou um piloto com pouco traquejo, sempre que teve carros rápidos foi superado por seus (excelentes) companheiros de equipe. No Brasil virou sinônimo de lentidão, motivo de chacota. Uma injustiça. Na pista sempre foi um grande piloto, rápido e consistente, que não teve a sorte de estar no lugar certo e na hora certa.

terça-feira, 13 de julho de 2010

GP da Inglaterra amplia ainda mais a crise na Red Bull

Carros da Red Bull lado a lado: cena deve ser repetida mais vezes, ao longo do ano

Sempre achei Mark Webber um babaca. Altamente marketeiro, chegou à F1 em 2002 para correr na Minardi, cercado por uma assessoria campeã, que conseguiu colocá-lo como grande promessa. E estreou na Austrália, conseguindo marcar pontos com o péssimo carro da equipe italiana, o que poderia ser indício de que se tratava, sim, de um bom piloto. Mas isso durou pouco. Foi para a Jaguar, e de lá para a Williams sem obter resultados convincentes, embora continuasse se auto-afirmando como grande piloto. Era sim, bom nos treinos, mas em corridas não convencia.

Antônio Pizzonia, seu companheiro na Jaguar em 2003, chegou a dizer que ele era sacana, prejudicava companheiros, agia por baixo dos panos para ter a equipe nas mãos. Bem, digamos que um relato de Pizzonia, cuja participação na F1 foi patética, para dizer o mínimo, não deve ser levada em consideração.

E eis que Mark Webber vai parar na Red Bull, para ser segundo piloto de uma das maiores revelações da Alemanha, Sebastian Vettel. E contando com um bom carro, Webber finalmente mostra que talvez, sua assessoria campeã tivesse razão. Sua temporada até aqui é perfeita e talvez nem mesmo a Red Bull estivesse preparada para lidar com isso.

Mas agora a equipe tem um problema nas mãos. Obviamente o preferido dos austríacos ainda é Vettel mas o alemão não quer colaborar. Basta se ver atrás de Webber durante a corrida que o cérebro do piloto entra em colapso e ele passa a fazer bobagens uma atrás da outra. Ontem, em Silverstone, largou mal dividiu a curva com o companheiro mas se esqueceu que uma corrida não é ganha na largada. Ele teria a prova inteira para ultrapassar o companheiro mas resolveu bater rodas ali mesmo, teve um pneu furado e saiu da corrida.

Webber venceu com autoridade e ainda tirou um sarro da equipe no final: “Nada mal para um segundo piloto”, disse em tom irônico. Um recado direto para Christian Horner que resolveu privilegiar o alemão com uma nova asa dianteira, no treino de sábado.

Títulos já foram perdidos com rivalidades internas. A McLaren sabe disso e vem comendo pelas beiradas. Acho que a Red Bull vai precisar agir rápido.

Classificação Final (10 primeiros)

1º) Mark Webber – Red Bull Renault
Mais uma vez pilotando o fino. Foi para cima de Vettel com sangue nos olhos, na largada, e não foi mais incomodado. Ainda tirou sarro da equipe depois.

2º) Lewis Hamilton – McLaren Mercedes Benz
Inteligente, vai mantendo a liderança do campeonato, brigando quando pode, e sendo regular quando precisa. É o melhor piloto do ano.

3º) Nico Rosberg – Mercedes Benz
Bela prova do alemão, com lindas ultrapassagens. Um resultado merecido para Nico que faz uma grande temporada.

4º) Jenson Button – McLaren Mercedes Benz
Eficiente como sempre, vai seguindo de perto o companheiro Lewis Hamilton na tabela. Uma bobeada e ele recupera a liderança. Grande resultado para quem largou em 14º.

5º) Rubens Barrichello – Williams Cosworth
Outra grande corrida de Rubinho, conseguindo pontos importantes para a Williams.

6º) Kamui Kobayashi – Sauber Ferrari
Belo resultado do japonês, que começa a mostrar consistência. Se continuar assim pode mesmo se consagrar como o melhor japonês da história da categoria.

7º) Sebastian Vettel – Red Bull Renault
Esse alemão vai precisar fazer alguma terapia. Ele simplesmente perde a cabeça quando se vê atrás do companheiro. Se deu bem na entrada do Safety Car voltando à disputa, porque senão, saia zerado da Inglaterra.

8º) Adrian Sutil – Force India Mercedes Benz
Outra boa corrida do alemão, marcando pontos importantes para a equipe. E, no final, uma bela ultrapassagem sobre Michael Schumacher.

9º) Michael Schumacher – Mercedes Benz
Continua o calvário de Schumacher, correndo atrás de alguns pontinhos, levando ultrapassagens de todo mundo e tomando uma surra do companheiro de equipe. Saber a hora de parar é uma virtude de poucos atletas mesmo.

10º) Nico Hülkenberg - Williams Cosworth
Marca seu segundo pontinho na temporada. Muito pouco quando comparado ao companheiro de equipe.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Hispania vai de Yamamoto na Inglaterra: uau..

Bruno Senna: sobrinho do tricampeão está numa roubada


Bruno Senna levou uma rasteira da Hispania e está fora do GP da Inglaterra, neste fim de semana. Ao que parece o brasileiro estava em Silverstone participando até mesmo de eventos promocionais da equipe, que o substituiu por Sakon Yamamoto sem aviso prévio. A justificativa: a equipe precisa de dinheiro. O que não é nem uma novidade (já cansamos de ver equipes pequenas trocarem de pilotos no meio do ano por questões financeiras) e nem uma surpresa (a Hispania começou com o pé esquerdo na F1, montou carro na última hora, perdeu sua fornecedora de chassis, etc). A equipe garantiu a Bruno que ele voltará ao cockpit nas próximas corridas.

A verdade é que o brasileiro entrou numa fria a partir do momento em que colocou sua assinatura no contrato com essa equipe. Quando foi contratado por Adrian Campos, no início do ano, para fazer parte da equipe do ex-piloto, até parecia que estava fazendo um bom negócio. Mas a desistência do espanhol, por falta de patrocínios, logo mostrou que a Hispania era uma barca furada. O carro ficou pronto na semana dos treinos no Bahrein, dificilmente consegue chegar perto das outras equipes, com diferenças de até 7 segundos nos tempos, e muito raramente completam uma corrida.

Cabe a pergunta: vale a pena entrar na F1 por esta porta? Muitos vão citar o exemplo de Fernando Alonso, que começou na Minardi, mas rebato dizendo que, perto da Hispania, a equipe de Paul Stodart poderia ser considerada uma Ferrari. Quem vai conseguir medir o desempenho de Bruno Senna, a ponto de se interessar por sua contratação? Até porque, na comparação com seu companheiro de equipe Karun Chandhok, o brasileiro tem tido desempenho mediano.

Agora, o que me assusta de verdade, é que esse Sakon Yamamoto andou fazendo algumas corridas pela Super Aguri, há alguns anos, e o resultado foi uma lástima, já que ele não reúne condições nem mesmo para dirigir um táxi nas ruas de uma cidade do interior. Tomara que ele não coloque ainda mais lenha na fogueira daqueles que acham que os carros mais lentos trazem riscos à F1.