domingo, 28 de agosto de 2011

Bélgica e o show de Schumacher e Button

Schumacher e seu capacete comemorativo: ele mesmo providenciou a homenagem


A maior homenagem que Schumacher poderia receber, em seus 20 anos de Fórmula 1, seria dele mesmo: realizar uma grande corrida. E, largando da última posição, o heptacampeão chegou em 5º lugar hoje, na Bélgica, fazendo sua melhor prova desde que voltou à F1 no ano passado. Uma corrida espetacular, de um piloto que sabe o que está fazendo, em uma pista que premia aqueles que são os melhores.


Sua façanha começou logo na largada quando, na primeira parcial, já aparecia na 14ª posição, se aproveitando das confusões que aconteceram logo na primeira curva. Confusões que acabaram sendo causadas por Bruno Senna que, depois de um treino fantástico no sábado, quando se classificou em 7º, acabou perdendo o ponto de freada acertando Jaime Alguersuari, que tinha sido outro destaque da classificação. Evidentemente, não se deve julgar Bruno pelo erro de hoje e, muito menos, pelo resultado do treino de ontem. É um piloto em formação, que não havia andado num carro de verdade até hoje e, por isso, carece de tempo para mostrar serviço.

Enquanto isso, na ponta, a briga ia se desenhando com Vettel, Rosberg, Massa, Alonso e Hamilton. Webber, que fez uma péssima largada, ficou para trás. A dupla da Ferrari viveu um momentos opostos na prova. Massa, que começou bem, foi caindo em seu habitual marasmo durante a corrida. Não conseguia passar ninguém e era ultrapassado por todo mundo. Com um pneu furado, acabou apenas em 9º. Já Alonso, enquanto teve carro, foi o cara da corrida. Decidido fez uma série de ultrapassagens, a mais bonita delas sobre Felipe Massa. Mas, no final, seu carro não agüentou o ritmo forte e ele terminou em 4º.

Isso porque, no final, tivemos a entrada em cena de um outro nome importante da corrida, além de Schumacher: Jenson Button. Largando no meio do pelotão, Button veio crescendo aos poucos, fazendo uma prova eficiente. O inglês da McLaren é, junto de Vettel e Alonso, o maior destaque deste ano de 2011.

Sobre os brasileiros, um comentário final: está difícil a vida do torcedor brasileiro. Bruno Senna ainda tem um longo chão a trilhar e precisa provar que merece uma vaga na F1. Acho que seu fim de semana foi satisfatório. Já Felipe Massa chega a destoar do pelotão da frente. Dentre os pilotos das grandes equipes, ele é o pior disparado. E Rubens Barrichello, além de ter uma carroça nas mãos, ainda se dá ao luxo de cometer erros de principiante, como a batida na traseira de Kobayashi, no final da corrida. Ridículo.

Parece que minhas previsões de férias não estavam tão erradas assim.

Classificação Final (10 primeiros):

1º) Sebastian Vettel – Red Bull Renault
Chegou a ficar um bom tempo atrás de Alonso, mas com muita calma, soube fazer valer o equipamento para vencer.

2º) Mark Webber – Red Bull Renault
Largou muito mal, mas se recuperou para chegar em 2º.

3º) Jenson Button – McLaren Mercedes Benz
Sensacional. Cresceu no final da prova, fazendo várias ultrapassagens, depois de largar em 13º.

4º) Fernando Alonso – Ferrari
Decidido, esteve muito bem e chegou a liderar com boa diferença para Vettel. Mas, no final, o equipamento não correspondeu.

5º) Michael Schumacher – Mercedes Benz
Fantástico. O melhor piloto da pista, no dia em que completou 20 anos de F1. Uma corrida daquelas que ele nos acostumou a ver por anos.

6º) Nico Rosberg – Mercedes Benz
Muito combativo no início, chegou a liderar, mas seu carro não agüentou o ritmo.

7º) Adrian Sutil – Force India Mercedes Benz
Boa prova, conseguindo pontos importantes.

8º) Felipe Massa – Ferrari
Uma verdadeira avenida. É só chegar e passar. E, ele mesmo, não passa ninguém.

9º) Vitaly Petrov – Renault
Fez o que Senna deveria ter feito. Correu com cautela e conseguiu pontos.

10º) Pastor Maldonado – Williams Cosworth
Seus primeiros pontos na F1, depois de ter sido punido pela batida com Hamilton no sábado.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Uma chance que não pode ser desperdiçada


Bruno Senna na Renault: hora de aproveitar a chance
 A Renault fez aquilo que vinha ameaçando há algum tempo: colocou Nick Heidfeld para correr e promoveu Bruno Senna como titular para a corrida de domingo, na Bélgica. O processo de fritura de Heidfeld começou com críticas públicas da cúpula da equipe, em relação ao desempenho do alemão, e terminou quando ele foi considerado culpado pelo incêndio no Renault, após um pit-stop no GP da Hungria.

Justo ou injusto, a verdade é que Heidfeld não conseguiu aquilo que a Renault esperava dele: colocar sua experiência a serviço da equipe, no intuito de desenvolver o carro. O modelo, que começou bem a temporada, veio caindo de performance e, hoje, briga com a Williams e a Sauber no pelotão intermediário.

Como a colaboração não aconteceu, a equipe concluiu que talvez fosse a hora de dar uma chance a um piloto jovem, com sobrenome forte e patrocínio mais ainda. Estão certos.

Agora é hora de agarrar a chance. Acredito que, se fizer uma corrida correta em Spa, Bruno fica até o final do ano e tem chance até para 2012, depedendo da situação de Kubica. É um piloto competente, concentrado e pouco afeito a nacionalismos exagerados, o que ajuda.

Uma chance em uma equipe intermediária da Fórmula 1 é quase como ganhar na loteria. Bruno Senna ganhou. Agora, é saber gastar a grana...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pequenas previsões para o restante do campeonato

Atrasadíssimo nos comentários da corrida, não vou nem entrar no detalhe da corrida da Hungria. Jenson Button mostrou, novamente, que é o cara quando a situação pede um pouco de calma e tranqüilidade na análise do cenário da corrida. Calma que a McLaren não teve com Lewis Hamilton, colocando pneus intermediários num momento totalmente inadequado e tirando a vitória de Lewis.

O importante agora é que a Fórmula 1 entra em férias de 3 semanas. E, quando nos reencontrarmos com ela, na Bélgica, poderemos ter algumas surpresas:

_ Não é difícil que a RedBull volte a vencer corridas, após cair um pouco nas últimas etapas. Adrian Newey vai por a turma para trabalhar e,mesmo sem poder realizar testes, é possível evoluir utilizando a tecnologia dos túneis de vento.

_ Estou com a sensação de que Nick Heidfeld não vai correr o restante da temporada. Sua batata, que já estava assando antes do GP da Hungria, queimou de vez, e literalmente, após o incêndio no seu carro durante a prova. A equipe jogou a culpa do incidente no alemão prova inequívoca da falta de paciência dos dirigentes com ele.

_ A vida de Rubens Barrichello, que parecia resolvida, se complicou bastante. A Williams esfriou as negociações de renovação e, como Maldonado tem lugar garantido por causa de seu gordo patrocínio estatal, pode ser que Rubinho acabe se aposentando de vez.

_ Uma coisa não muda: Sebastian Vettel segue firme rumo ao título, já que, mesmo sem vencer corridas, vai ampliando sua vantagem no mundial.

Vamos ver quantas dessas previsões vão se concretizar quando os motores voltarem a roncar.