quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

2014 em revista: Sebastian Vettel


Não me lembro de já ter visto um piloto que carrega o número 1 no seu carro ter um desempenho tão fraco como foi o de Sebastian Vettel, na temporada 2014. Talvez Damon Hill, em 1997, mas o inglês deixou a Williams, onde havia se sagrado campeão, para encarar um projeto ousado na Arrows. E, claro, era Damon Hill. Mesmo assim, quase venceu o GP da Hungria daquele ano, o que seria uma façanha memorável.

Mas Vettel, depois de 4 títulos consecutivos que o colocaram entre os monstros do esporte a motor, permaneceu na RedBull, tinha a equipe toda trabalhando a seu favor e corria ao lado de Daniel Ricciardo, recém chegado da Toro Rosso, com poucos resultados. Sabia-se, desde a pré-temporada, que a equipe austríaca não repetiria o domínio dos anos anteriores, mas esperava-se que Vettel fosse o cara que poderia ameaçar as Mercedes.

De fato, a RedBull mostrou uma incrível força para superar os problemas nos testes, apresentou um carro razoável, mas a estrela de Sebastian se apagou em 2014. Viu Ricciardo marcar a maior parte dos pontos da equipe e, em nenhum momento, ameaçou o reinado do companheiro. Fez algumas boas corridas, com destaque para o GP da Espanha mas, de resto, sumiu no meio do pelotão.

É injusto avaliar usar uma temporada com tantas mudanças no regulamento para colocar um ponto de interrogação sobre o talento de alguém que tem quatro títulos mundiais, mas Vettel deixou um cheiro estranho no ar. Os grandes pilotos são aqueles que se viram com carros medianos também, e que têm recursos de sobra para tirar de equipamentos ruins aquilo que eles não têm.

Foi a primeira vez, desde que começou sua série espetacular de títulos, que Sebastian enfrentou problemas reais e não foi capaz de sair desta situação. Tanto que saiu da RedBull com certa tranquilidade, ninguém lá parecia desesperado por perder seu piloto.

Bem, se Sebastian Vettel precisa mostrar ser capaz de obter bons resultados, mesmo com equipamento limitado, a Ferrari é a casa ideal para isso. Tomara que ele consiga superar também a turbulência interna da equipe. Só falta este degrau para que sua permanência no hall dos grandes campeões seja celebrada sem nenhuma sombra de dúvida.

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