sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

2014 em revista: Fernando Alonso


Fernando Alonso chegou à Ferrari em 2010 para se tornar um multicampeão, como foi Michael Schumacher. Mas os anos foram passando e a impressão de que o piloto era sempre melhor do que o carro ia ficando mais forte. Mesmo quando chegou a disputar títulos, a sensação que se tinha era de que apenas Alonso estava na disputa, e a equipe já ajudaria caso não atrapalhasse.

Veio 2014 e, o que era esperança, desabou de vez. O espanhol conheceu de perto a Ferrari em sua essência: trocas de dirigentes, aposentadoria de presidente, entrevistas cheias de indiretas para lá e para cá. De um lado, Alonso criticando o carro, do outro os italianos rebatendo, pedindo empenho e cobrando mais trabalho.

A verdade é que, nesses cinco anos de parceria, apenas nos três primeiros a Ferrari ofereceu à sua estrela um carro razoável. Nas duas últimas temporadas, Alonso contou com verdadeiras cadeiras elétricas. E, numa Fórmula 1 cada vez mais engessada, é muito difícil um piloto tirar de um carro o desempenho que ele não tem.

O resultado foi um vergonhoso quarto lugar para a Ferrari no mundial de construtores, num ano sem nenhuma vitória vermelha. Alonso bem que tentou, fez uma corrida extraordinária na Hungria, mas pouco brilhou em 2014. E a Fórmula 1 precisa do brilho de um piloto como ele.

A paciência, que vinha dando sinais de que ia acabar, acabou. Alonso se mandou para a McLaren, de onde saiu brigado em 2007. Talvez seja melhor lidar com Ron Dennis, do que com os italianos trapalhões.

Nenhum comentário: