terça-feira, 26 de maio de 2009

Indy 500: a superação

E não é que Hélio Castroneves, que há pouco mais de um mês estava sentando no banco dos réus, ameaçado de ser preso por sonegação de impostos, foi absolvido, retomou sua carreira, rumou para Indianápolis e ganhou as 500 milhas, a maior prova do automobilismo mundial. Uma virada esportiva poucas vezes vistas. Talvez possamos comparar com o atacante Ronaldo, na Copa do Mundo de 2002, que vinha de uma contusão gravíssima no joelho, tinha a carreira ameaçada, se recuperou, foi para a Copa e decidiu o título em favor do Brasil, fazendo dois gols na final contra a Alemanha e um na semi-final contra a Turquia.

Quem me acompanha sabe que relutei muito em julgar Hélio Castroneves, mas sempre disse que, se fossem comprovadas as acusações ele tinha mais é que pagar pelo crime. Mas a justiça americana o absolveu então não há o que se discutir. Só aplaudir.

Aplaudir a vitória de um piloto que sabe como poucos correr em Indianápolis. Observe como ele se manteve sempre entre os primeiros, mas sem nunca forçar seu equipamento para liderar a corrida. Apenas no final, que é quando as 500 milhas efetivamente definem seu vencedor, é que Helinho apareceu na ponta, acelerando forte. Uma vitória maiúscula, merecida. Ganhar as 500 milhas de Indianápolis é muito mais importante do que ganhar o campeonato da Fórmula Indy. Portanto parabéns ao grande campeão.

Sobre a prova, já vi melhores. Claro, Indianápolis é sempre Indianápolis, o calor da torcida inflama o telespectador mesmo à distância, as disputas sempre envolvem uma tensão enorme pela proximidade do muro. Mas a verdade é que a prova ficou devendo em emoção, muitas vezes vimos uma fila indiana de pilotos, sem que ninguém tentasse nada de mais ousado.

E, claro, tivemos alguns acidentes. O mais grave dele, envolvendo os brasileiros Vitor Meira (que se machucou mais gravemente, mas passa bem) e Raphael Matos. Tony Kanaan, que não leva sorte nas 500, vinha bem, mas algo quebrou em seu carro e o jogou no muro duas vezes. Kanaan está sentindo dores nas costelas e sua participação nas próximas etapas ficou comprometida.

Também tivemos a batida entre Marco Andretti e Mario Moraes, que saíram esbravejando um com o outro. Mas não vi nada de muito anormal na batida deles. Coisa de corrida, coisa de Indianápolis.

Ao longo da semana, falamos mais sobre esta grande corrida. E você, o que achou da prova?

Um comentário:

DGF disse...

Confesso que mantenho uma pequeníssima pulga atrás da orelha em relação a esse Castroneves-gate.

Quanto ao piloto, sem comentários. Nasceu pra vencer!