Dirigentes dos infernos!

Eis que entro na Internet hoje de manhã e descubro que Lewis Hamilton foi desclassificado do GP da Austrália, e Jarno Trulli recuperou seu terceiro lugar na corrida. O motivo? Se antes os comissários desclassificaram o italiano da Toyota, por ter passado o inglês da Mclaren enquanto o safety car estava na pista, agora mudaram de idéia ao receberem um vídeo que mostra que, na verdade, foi Lewis quem ultrapassou Jarno nesta ocasião.

O que aconteceu foi o seguinte: quando a corrida passou a estar sob bandeira amarela, Trulli escapou do traçado e saiu para a grama. Hamilton acabou ultrapassando o italiano e depois, orientado pela sua equipe, devolveu a posição. Minha pergunta é: o que está acontecendo com os dirigentes no esporte? Porque querem aparecer tanto?

Ora, o que eles queriam que acontecesse? Que Hamilton estacionasse o carro, esperando que Trulli voltasse à sua frente? Uma das alegações é de que a Mclaren teria agido de má-fé, ao não se manifestar confessando a situação que tinha ocorrido. Mas gente, na boa, quem teria feito o mesmo? Se você fosse dirigente, se manifestaria?

Só sei que esses dirigentes estão tirando a paciência do torcedor. Pegando o exemplo do futebol, aqui em Minas Gerais, o campeonato mineiro praticamente nem acontece no campo mais. É só entrevista de presidentes falando em quadrilha, brigando por datas de jogos, locais, etc. Na F1, desde o ano passado, é só isso que lemos. E esse ano, a coisa já começou quente, com esse diz que me diz McLaren - Toyota - FIA, a punição a Vettel pelo enrosco com Kubica no final (se Andrea de Cesaris corresse hoje em dia, temo que não conseguiria largar entre os dez nunca, pois seria punido em todas as corridas).

Enquanto Marcelonso encabeça a campanha “Acorda Anselmo”, eu lanço a minha: “Durmam pro resto da vida, dirigentes”. Espero conseguir apoio.