segunda-feira, 30 de março de 2015

Os pequenos problemas que ainda atrapalham a Indy

Indy 2015: se já era feio, ficou pior

Eu gosto da Fórmula Indy. Tem uma certa verdade nas corridas dessa categoria. Enquanto a Fórmula 1 segue em autódromos nababescos com seus carros moderníssimos, caríssimos, com suas asinhas móveis, gráficos de economia de combustível e pneus que se esfarelam em 5 voltas, a Indy dá carros iguais para todos os pilotos, que contam com, no máximo um câmbio semi automático. Esses carros são colocados em pistas improvisadas, erguidas em meio a prédios, que permitem que o público fique o mais próximo possível. E o principal: os pilotos bons, fazem realmente a diferença.

E foi assim que Juan Pablo Montoya venceu com autoridade em em São Petesburgo, neste fim de semana. Contou com um bom pit stop no final da prova, para superar Will Power. O atual campeão tentou um ataque agressivo no final, eles quase bateram, mas Montoya usou sua experiência para conseguir a vitória. Tony Kanaan foi o terceiro e Helio Castroneves, que fez uma relargada lamentável no meio da corrida, quando estava em primeiro, terminou em quarto.

A Indy tem tudo na mão, mas precisa resolver alguns problemas graves. E o principal deles, é o carro em si: os chassis Dallara, que já eram horrorosos, ficaram piores com os novos kits aerodinâmicos da Honda e da Chevrolet. Uma verdadeira festa de penduricalhos para todos os lados, que transformou os carros em trambolhos que mais parecem discos voadores.

Mas o problema vai além da estética: os inúmeros toques entre pilotos vão desmontando os carros ao longo da corrida e as peças que ficam pelo caminho causam um excesso irritante de bandeiras amarelas, que prejudica o andamento da prova e cansa o espectador. Fora que os tais kits sequer são capazes de direrenciar os carros visualmente, o que não ajuda a dar a impressão de que temos modelos diferentes na pista.

Que tal reabrir o regulamento para que as fábricas de chassi possam fornecer os equipamentos para as equipes, como era na década de 90? Com um regulamento justo, é possivel fazer combinações de chassi, motor e pneus que trariam mais variáveis. Sim, temos a questão financeira, do jeito como está é muito mais barato, mas acredito que vale o investimento. É pouco para que a Indy volte a trilhar um caminho de sucesso, que foi interrompido há alguns anos.

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