quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ídolos do blog: Emerson Fittipaldi



O Brasil tem uma mania estranha de só reverenciar seus ídolos quando eles morrem. No automobilismo, isso é bem claro. Aqui, Senna é tratado como Deus, uma figura divina à qual todos devem orar todos os dias por obrigação. Mas sinto muito Sennistas: Ayrton não é o principal piloto brasileiro, e nem Nelson Piquet. Independente de talento, títulos ou vitórias, o maior e mais importante representante  do Brasil no automobilismo é Emerson Fittipaldi.

Mas por que isso? Simples. Porque se Senna e Piquet (e todos os outros brasileiros) chegaram à Fórmula 1 pelo caminho que chegaram, devem isso ao grande Rato. Foi Emerson que, em 1970, após vencer corridas na Fórmula 3 Inglesa sem poder bater o carro, por não ter dinheiro para comprar outro, chegou à F1 pelas mãos de Colin Chapmam, da Lotus. E já neste ano de estréia, venceu sua primeira corrida, em Watkins Glen, nos EUA.

Os títulos vieram em 1972 e 1974 e, a partir de 1975 mais uma realização espetacular: a fundação da Copersucar, primeira e única equipe brasileira a competir na Fórmula 1. Infelizmente os resultados não vieram e a melhor colocação foi um segundo lugar no GP do Brasil, em 1978.

Emerson então se retirou da F1 em 1980 e foi competir na Indy 5 anos mais tarde, novamente abrindo caminho para os brasileiros em uma nova categoria. Ganhou duas vezes as 500 milhas de Indianápolis e foi campeão em 1989. E, em 96, trouxe a Indy para o Brasil, num dos momentos mais marcantes do automobilismo brasileiro.

Bem, mas se o Brasil não o homenageia como deveria, os gringos podem fazer isso por nós. A Lotus o convidou para dar umas voltas num carro de Fórmula 1 atual. Veja a reportagem abaixo o respeito (dele e da equipe) e a emoção do cara no final. A emoção de uma pessoa que amou o esporte que competiu intensamente, fez dele o seu ganha pão e ajudou a difundí-lo num país que só se importa com esporte quando algum brasileiro está ganhando.

Obrigado Emerson.







Nenhum comentário: