domingo, 3 de abril de 2016

Rosberg vence em Sakhir e abre vantagem no campeonato

Rosberg foge na largada, seguido por Massa, enquanto
Hamilton e Bottas se enroscam. 

Duas conclusões imediatas podem ser tiradas após o GP do Barhein, disputado hoje em Sakhir: 1) Lewis Hamilton precisa abrir os olhos se quiser brigar pelo título. 2) A Williams é uma vergonha em termos de estratégia. Talvez a pior equipe de box da história da Fórmula 1. Mas, vamos por partes.

A corrida já começou com um enorme anticlimax: o motor da Ferrari de Sebastian Vettel virou fumaça logo na volta de apresentação, tirando o alemão da disputa pela vitória antes mesmo do início da corrida. Sem ele, a prova começou com mais uma largada horrível de Hamilton, que anda se estranhando com o controle de largada da Mercedes. Em compensação a Williams partiu de forma espetacular, com Bottas e Massa atacando. O finlandês acertou Hamilton na primeira curva e, claro, foi punido mais tarde na prova. Já o brasileiro, aproveitou-se da confusão para subir para o segundo lugar.

Algumas voltas mais tarde, Raikkonen começou a atacar e passou Riccardo e Bottas, com duas manobras espetaculares (a ultrapassagem sobre o australiano já é candidata a mais linda do ano). E, na nona volta, começou o show de horror no box da Williams. Com seus pneus super macios destruídos, Massa entrou nos boxes e trocou para a borracha média. O plano? Fazer uma parada a menos do que os outros.

Poderia funcionar, mas quando os adversários fizeram suas paradas e voltaram para a pista, percebeu-se que a Williams #19 chegava a ser quase três segundos mais lenta. Por mais que se pare uma vez menos, é preciso ter um ritmo razoável, ou a estratégia não se paga. E o que fez a genial Williams, na segunda parada do brasileiro? Colocou os mesmos pneus. Ora, se em uma corrida de quase 60 voltas, lá pela 15ª você percebe que não vai funcionar, você ainda tem mais de 40 voltas para mudar os planos. Mas a Williams é impressionantemente conservadora e ineficaz nos boxes e, de um segundo e terceiro lugares na primeira volta, recebeu a bandeirada com Massa em oitavo e Bottas em nono. Um resultado que, por si só, explica porque a equipe não conseguiu ainda converter o crescimento obtido a partir de 2014 em vitórias.

Mas, Williams à parte, o GP do Barhein acabou sendo recheado de boas atuações e brigas bonitas de se ver. E o destaque, mais uma vez, foi Romain Grosjean e a espetacular estreante Haas, que terminaram na quinta posição, mantendo-se na pista sempre com pneus supermacios e fazendo várias ultrapassagens. É bom as grandes abrirem o olho com esses americanos.

Mais a frente, Rosberg manteve-se sempre com boa diferença sobre Raikkonen. Mas, mais uma vez, chamou a atenção o quanto a Ferrari tem um ritmo de corrida parecido com a Mercedes. Fico na dúvida se o Nico não teria tido mais trabalho se Vettel pudesse ter tido a chance de largar para a corrida.

Enquanto isso, Hamilton se recuperou como pôde do toque na primeira curva, mas não conseguiu passar do terceiro lugar. Está 17 pontos atrás de Rosberg, que este ano parece determinado a buscar seu primeiro título. Talvez, 2016 nos traga a briga que 2014 e, principalmente, 2015, ficaram nos devendo.

Fechando a os 10 primeiros, Stoffel Vadoorne, que substituiu Fernando Alonso nesta corrida e marcou os primeiros pontos da McLaren no ano. Grande atuação do belga.

Até agora, a Fórmula 1 proporcionou corridas movimentadas, o que é uma ótima notícia depois da temporada horrorosa que tivemos no ano passado. Vamos ver se foram obras do acaso, ou se teremos mesmo um ano mais empolgante. A categoria estará de volta, daqui duas semanas, na China.

Um comentário:

Ron Groo disse...

eu achei a corrida muito boa, mas acho que foi porque não esperava nada dela.