terça-feira, 19 de abril de 2016

Pagenaud e Dixon dão aula de estratégia


Muita gente torce o nariz para corridas táticas, mas às vezes é legal ver como alguns pilotos têm uma incrível compreensão da categoria que disputam e a forma como podem galgar posições estratégicamente. Quem viu ao GP de Long Beach, da Indy, no domingo teve um exemplo clássico.

Primeiramente, vamos lá: não aconteceu nada na pista, durante a prova. Ninguém ultrapassou ninguém. Isso já tinha acontecido em Phoenix e, novamente, Felipe Giaffone (melhor comentarista de automobilismo do Brasil, repito) explicou que os pilotos estão enfrentando dificuldades com a enorme pressão aerodinâmica que os kits de Honda e Chevrolet têm gerado. Se for isso mesmo, a Indy precisa dar um jeito rapidamente.

Corrida que não acontece nada não tem espectadores e a categoria americana sempre se diferenciou da F1 por ter muitas brigas na pista. A F1 deu seu jeito, as corridas até aqui estão ótimas.

Mas aí, se não se passa na pista, Scott Dixon mostrou como se faz. Preso atrás de Hélio Castroneves, o neozelandês vislumbrou uma chance quando o brasileiro encontrou um grupo lento de retardatários pela frente. Antecipou sua parada, voltou com pista livre e pisou fundo, usando, inclusive, o push to pass.

Quando Hélio fez seu pit-stop, um trabalho até mais rápido da Penske, perdeu a liderança e voltou muito, mas muito atrás do adversário. Melhor que Dixon fez Simon Pagenaud, que adotou procedimento idêntico e saltou do terceiro lugar para a liderança.

São dois pilotos em ótima forma neste momento, Dixon e Pagenaud, e acredito que podem ser os principais adversários pelo título este ano. Hélio vai apostar na regularidade de sempre e Montoya é sempre aquela incógnita.

A Indy agora segue para o Alabama, onde os carros irão para a pista neste fim de semana. Vamos torcer para que não tenhamos outra corrida de fila indiana.

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