segunda-feira, 4 de abril de 2016

Vitória de Dixon no sábado monótono de Phoenix


A Fórmula Indy promoveu, no sábado, seu primeiro retorno a pistas tradicionais da categoria este ano: o oval curto de Phoenix, que não recebia corridas da Indy desde 2005, voltou ao calendário para delírio dos fãs. O outro retorno esperado será no dia 26 de junho, na espetacular Elkhart Lake.

Infelizmente, a emoção acabou ficando apenas por conta da nostalgia, porque a corrida em Phoenix acabou sendo bastante monótona. Devido ao excesso de pressão aerodinâmica dessas jamantas da Indy (dado muito bem explicado por Felipe Giaffone, o melhor comentarista de automobilismo do Brasil. Mas já já falaremos disso) os pilotos não conseguiam se aproximar do adversário que ia a frente. Com isso, pelo nas primeiras posições, vimos uma corrida pouco movimentada, com quase nenhuma ultrapassagem.

Assim, os pilotos da Penske, Hélio Castroneves e Juan Pablo Montoya, pareciam ter a corrida na mão. Mas ambos sofreram com o estouro do pneu dianteiro direito. Tanto Helio quanto Montoya mostraram muita habilidade para evitar uma batida no muro, mas suas corridas foram para o beleleu. Com isso, a vitória caiu no colo de Scott Dixon, o atual campeão.

Tony Kanaan foi prejudicado por dois pit stops ruins da Chip Ganassi. Para tentar se recuperar, o piloto antecipou sua parada em algumas voltas e a equipe caprichou, trocando os pneus e reabastecendo rapidamente. Ele poderia assumir a liderança quando os líderes parassem ou, no mínimo, manteria seu terceiro lugar. Mas Ed Carpenter bateu no muro e ocasionou uma bandeira amarela que jogou Tony para a oitava posição. Na relargada, ele saiu passando vários adversários, mas terminou na quarta posição.

No dia 17 de abril a Indy volta a pista, desta vez no tradicional traçado de Long Beach.

Agora, uma palavrinha sobre a transmissão: num momento em que temos  tantos profissionais que já deixaram de ser jornalistas para se tornarem entidades da TV, que não narram lances e sequer compreendem o que está ocorrendo na pista, é um alento assistir a uma transmissão comandada por Téo José e Felipe Giaffone.

O primeiro é, na minha opinião, o melhor narrador de automobilismo do país. Sóbrio, discreto e atento aos movimentos da pista, Téo é um narrador que narra. Se tem uma ultrapassagem, ele a transmite com a emoção que o lance pede. Nada demais, nada de menos.

E Giaffone merece todos os méritos, por ser um comentarista técnico. Ele pode não ter o traquejo para falar ao microfone, mas faz algo que nos desacostumamos: explica, de forma técnica, o que está acontecendo na pista, colocando sua experiência a favor da transmissão.

Não há que se parabenizar a Band, porque sabemos que a prova só foi transmitida por ter sido disputada no sábado a noite. Mas se mantiver a dupla Téo José /  Felipe Giaffone nas transmissões do Bandsports, a emissora já estaria ajudando bastante.

Um comentário:

Ron Groo disse...

eu sempre preferi a indy nos ovais que nos mistos, mas se for pra ser como desta vez sei não...