terça-feira, 27 de março de 2012

Muita calma nessa hora




Bastou uma corrida e um mau resultado para que Rubens Barrichello voltasse a ser chamado de lento, ruim de braço e enganador por parte da torcida e, porque não, da imprensa brasileira. Calma gente. Analisar as coisas exige um pouco de cautela.

Rubinho classificou-se em 13º para a corrida e, ao final das 100 voltas, conseguiu apenas um 17º lugar, uma volta atrás do vencedor, Hélio Castroneves. É pouco pela expectativa que se criou em torno dele. Mas deve-se considerar que foi a sua primeira corrida numa nova categoria, com um novo carro, lutando contra novos adversários.

Depois da corrida, Rubens foi ao Twitter e explicou que se atrapalhou com a estratégia mas se divertiu muito com a corrida, definida por ele como intensa. Exatamente isso. Na Indy não se tem folga, o piloto que está em último, pode aparecer em primeiro e vice e versa. E quem não conseguir se adaptar à dinâmica da corrida, dança mesmo. Uma coisa é pegar o carro e sair andando sozinho numa pista, coisa que Rubens fez e muito bem feito. Outra é enfrentar os adversários e ainda tomar decisões rápidas ante às mudanças constantes pelas quais uma corrida de Indy passa. Para isso precisa-se de quilometragem. Ou milhagem, para usar o instrumento oficial da Indy.

Não gostei muito da corrida de estréia da Indy. Esse negócio de usar a bandeira amarela o tempo todo cansa um pouco, pois quando a coisa começa a engrenar, a corrida para. Fora que fica uma bagunça para acompanhar as estratégias dos pilotos.

No fim, fica a impressão de que a estréia de Barrichello na Indy foi um retrato da sua carreira. Muito oba oba antes, um durante morno e um depois cercado de explicações pelo suposto fracasso. Tomara que a Band não desanime e continue dando a opção de assistirmos as provas ao vivo.

Nenhum comentário: