quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Michael Schumacher: entre trapalhadas e maus resultados, o prazer de correr


Existe hora certa para parar? O que vale mais, transformar-se em mito ou curtir o prazer de correr, sem se importar com a opinião das pessoas? Ou será que são as pessoas que precisam respeitar mais a escolha dos ídolos, sabendo separar os momentos distintos pelos quais a carreira de qualquer atleta passa?


A volta de Michael Schumacher à Fórmula 1 levanta tantas questões que seria possível dedicar uma dissertação inteira ao assunto. Mas, terminada a sua temporada de volta, a pergunta mais importante é: afinal ele errou ou acertou ao voltar à F1?


Particularmente gostei de ver o heptacampeão de novo ao volante de um carro de corridas, embora ele tenha passado o ano todo andando no bolo, sem fazer nenhuma corrida memorável e sofrendo com as ultrapassagens que levou por todos os lados. O seu ponto alto no ano foi a ultrapassagem que fez sobre Alonso em Mônaco, um lance fora do regulamento que resultou numa desclassificação, mas mostrou que Schumacher surpreende mesmo é quando ninguém espera nada dele.


Por isso mesmo eu não me assustaria com uma substancial melhora de desempenho em 2011. Não podemos esquecer que em três anos um carro de Fórmula 1 muda da água para o vinho e a readaptação é muito complicada, ainda mais para um atleta veterano andando no meio de jovens em plena atividade (e por isso mesmo, acho injustíssima a comparação de seu desempenho com o de Nico Rosberg). Após um ano de reconhecimento de campo, é bom prestar atenção no seu desempenho este ano.


Mas querem saber? Acho que Schumacher está pouco ligando para críticas e cobranças. O alemão quer mesmo é fazer o que mais gosta, sem ligar para pressão. Um direito conquistado em quase 15 anos de uma das mais bem sucedidas carreiras do esporte.

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