segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Magnussen fora



Kevin Magnussen foi desligado da McLaren, depois de ficar a temporada inteira assistindo corridas nos boxes da equipe. Havia a expectativa de que ele fosse o substituto de Jenson Button em 2016, mas a Mclaren anunciou que o inglês continua como titular. Como Fernando Alonso também segue no time, não há lugar para o dinamarques, que estreou em 2014.

E não há lugar em equipe nenhuma. A Fórmula 1 não tem mais uma Minardi, ou uma Onix, ou uma Eurobrun, que pudessem colocar o piloto para correr, recebendo uma grana da McLaren. Se houvesse, Ron Dennis poderia manter seu piloto na ativa, pronto para o momento no qual Alonso ou Button deixassem a equipe. Também não há testes para se fazer, tudo é feito em simuladores que são utilizados pelos próprios titulares.

Vejam só que grupinho fechado a F1 se tornou. Não há mais espaço para contratações bombásticas e inusitadas. Era hora da Haas, por exemplo, trazer alguém da Indy, ou da Nascar, para dar uma movimentada, como foi quando a Williams trouxe Villeneuve, ou Zanardi, ou Montoya. Esqueçam.

Também não há mais equipes pequenas. O que existe, são grandes conglomerados que aceitam investir mais ou menos, dependendo do interesse comercial. Por isso, as equipes acabam escolhendo até mesmo os pilotos pagantes, como a Sauber. Ela não precisa da grana da McLaren para admitir Magnussen. É mais interessante ficar com os cifrões de Felipe Nasr e Thomas Ericsson.

E, com isso, é mais uma carreira que se vai. Claro, Magnussen tem muitas opções pela frente. Mas desconfio que, na F1, não tem mais chance. E olha que sua única temporada, em 2014, nem foi das piores, considerando que a McLaren estava em queda livre, devido à deterioração de sua relação com a Mercedes.

Uma pena, mas um sinal dos tempos. A Fórmula 1 sempre foi para poucos, mas agora é para pouquíssimos. E esses pouquíssimos estão cada vez menos se beneficiando dos seus méritos na pista e cada vez mais dos acordos comerciais que são capazes de fazer. E ainda nos perguntamos porque o público se interessa cada vez menos pela categoria.

Um comentário:

Ron Groo disse...

Tratei disto no blog...
Mas que drama o dele né?
Não tinha esperança de ser titular, agora vai restar um time de fim de grid se quiser ficar na F1
Curiosamente, se fosse titular este ano, seria em uma equipe de fim de grid hehehehe