sexta-feira, 23 de maio de 2014

Para relembrar: Mônaco

Panis comemora sua única vitória na F1: última da Ligier e da França

É sempre bom assistir o Grande Prêmio de Mônaco porque se tem uma corrida favorável ao aparecimento de zebras, é essa. Também pode ser uma corrida chata e previsível, mas um circuito tão estreito, antigo e incompatível com a Fórmula 1 atual pode gerar muitos incidentes e mexer de forma significativa no resultado.

São vários exemplos de corridas assim e uma das que mais me lembro foi a edição de 1996. Schumacher, que ainda não havia vencido nenhuma corrida na Ferrari, fez a pole. Na largada, com pista molhada, vários pilotos se embolaram na primeira curva e saíram fora. Schumacher escapou deste acidente mas, algumas curvas adiante, bateu sozinho e abandonou antes de completar o primeiro giro.

Assim, sucessivamente, vários pilotos iam abandonando por motivos diversos. A corrida estava nas mãos de Damon Hill mas, na saída do túnel, o motor Renault de sua Williams o deixou na mão. Fim de prova para o piloto que queria muito vencer no circuito onde seu pai havia ganhado cinco corridas.

Quem aparecia na ponta então era Jean Alesi. Tudo pronto para a segunda vitória da carreira do francês, mas a suspensão de sua Benetton quebrou e ele também teve que abandonar.

Nesse ponto, apenas oito pilotos estavam na pista. Foi aí que Eddie Irvine bateu, parou no meio da pista e levou junto Mika Hakkinen e Jacques Villeneuve. Mika Salo também foi envolvido e abandonou.

Após tudo isso, apenas quatro pilotos cruzaram a linha de chegada, com Olivier Panis em primeiro, David Couthard em segundo, Johnny Herbert em terceiro e Heinz Harald Frentzen em quarto. Após duas horas de prova, Panis obteve sua única vitória na Fórmula 1. Foi também a última vitória da equipe Ligier e o derradeiro triunfo da França na categoria.

Quem sabe uma confusão dessas não muda o resultado da corrida este fim de semana?

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