terça-feira, 10 de setembro de 2013

Chegou o dia...



Felipe Massa está fora da Ferrari em 2014. Foi ele mesmo quem anunciou, em sua conta no Twitter e no Instagram. Agradeceu a equipe e disse que busca um time de ponta que possa lhe dar um campeonato, sem especificar qual (equipe e campeonato). Uma despedida sóbria e respeitosa, como foi o tempo em que esteve por lá. Sem estripulias.

Esse é um anúncio esperado desde 2011. Mas só veio agora, porque há um óbvio respeito da Ferrari por ele. Desde 2010, quando seu desempenho veio caindo ladeira abaixo, foram pouquíssimas chamadas públicas da Ferrari, uma equipe que adora fritar pilotos, principalmente quando eles vão mal. Ao contrário: antes do GP da China de 2012, seu chassi foi trocado pela equipe, numa clara demonstração de que eles o estavam apoiando e queriam seu piloto andando na frente.

Algo que jamais aconteceu. Felipe Massa foi bem em 2008, mas todas as suas temporadas anteriores haviam sido medianas. Em 2009 sofreu o acidente da mola, na Hungria. A partir de 2010 passou a dividir os boxes com Fernando Alonso e aí a coisa degringolou de vez, principalmente após a ordem de box para dar a vitória ao companheiro no GP da Alemanha daquele ano.

No final do ano passado, ganhou sobrevida com alguns brilharecos. Este ano, parecia ter diminuído a diferença de tempo entre ele e Alonso, mas resultado que é bom, nada. Não vence uma prova desde o GP do Brasil de 2008.

Entre todas as equipes grandes da F1 (RedBull, Mercedes e, vá lá, McLaren), a Ferrari é a única que enfrenta uma diferença abissal de desempenho entre seus pilotos. Até mesmo na Lotus, Grosjean belisca alguma coisa de vez em quando. Na Ferrari, Massa conseguiu apenas um pódio em 2013 e vem sendo assim desde 2010. Não rouba pontos dos adversários de Alonso nem de vez em quando, como faz Webber na RedBull, por exemplo.

Sua dispensa é natural, portanto. E esse é o problema de Felipe a partir de agora. Quem iria apostar num piloto que não mostra nada há três anos? Quando Kimi for confirmado na Ferrari (alguém ainda duvida?), teremos uma vaga na Lotus. Se Hulkenberg for para lá, sobra um lugarzinho na Sauber. São duas vagas boas, mas em times que precisam de dinheiro.


A crise no automobilismo brasileiro, que começou quando Senna acertou o muro da Tamburello há quase 20 anos, começa a apresentar seus últimos capítulos.  

Um comentário:

Ron Groo disse...

Se conseguir Lotus o Force India, penso que seja melhor que continuar na Ferrari.
Se não for isto, melhor ir pra Stock mesmo.