segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O estraga decisões

Quatro vitórias de ponta a ponta, saindo da pole. E foi assim que Sebastian Vettel estragou um mundial de Fórmula 1 que vinha sendo o melhor em muitos anos. Vencedores diferentes e inusitados, corridas movimentadas e um líder (Fernando Alonso) que tinha apenas o terceiro melhor carro do grid. Foi assim até Cingapura.

Depois disso, a Fórmula 1 voltou ao seu normal. Uma equipe superior, com um piloto excepcional e um companheiro eficiente. Resultado: corridas previsíveis e título praticamente definido.

Mesmo assim, esse último GP da Índia conseguiu trazer momentos interessantes, enquanto Vettel e a Red Bull iam embora tranquilamente. Uma delas foi a atuação, mais uma vez impecável de Fernando Alonso. Andando sempre no ritmo de Mark Webber, o espanhol aproveitou a única chance que teve durante a prova para fazer a ultrapassagem e garantir pontos importantes. A não ser que haja uma catástrofe, Alonso não será campeão em 2012. Mas é uma pena. Foi o melhor piloto do ano, disparado.
A perseguição de Raikkonen (de contrato renovado) a Massa também foi interessante, com o brasileiro tendo que salvar combustível no final. Não entendi esse problema. A Ferrari não explicou direito. Se faltou combustível, teria Massa forçado além da conta no início? Se foi isso, não entendo como ficou tão para trás em relação às McLaren. Sem uma explicação plausível, podemos considerar que Massa fez uma corrida bem discreta, principalmente em relação às últimas provas.

O pelotão intermediário ainda proporcionou disputas interessantes envolvendo Rosberg, Grosjean, Maldonado, Perez, Kobayashi e Senna. Bruno, diga-se, fez uma ótima corrida, recuperando-se de uma péssima classificação. É bem pouco provável que fique na Williams, mas acredito que pode buscar vaga na Catheram ou até mesmo na Force India. Essas equipes não perderiam nada ao contratá-lo. Tem dinheiro e é um bom piloto. Só precisa mesmo é melhorar sua performance nas classificações.

Faltam apenas 3 provas para o fim e se Vettel vencer em Abu Dhabi e Austin, levanta a taça antes de Interlagos, mesmo que Alonso fique em segundo nessas duas provas. Um anti-climax para uma decisão que parecia digna dos grandes campeonatos da história.

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