quarta-feira, 29 de julho de 2009

Menos uma...


E não é que a BMW, apenas três anos depois de comprar a Sauber, uma equipe séria, comprometida e engajada no esporte, fecha as portas? Se isso não se chama sacanagem, preciso que alguém redefina esta palavra para mim. E ainda tem gente que defende as montadoras na Fórmula 1.

É o mesmo caso da Honda: hora de fazer os planejamentos, orçamentos financeiros. Para isso, avaliam-se resultados. Qual era o resultado da Honda quando deixou a F1? E qual é o da BMW nesta temporada? Bastou que os alemães fizessem uma bomba de carro (que além de ruim, é feio de doer) para que o notório crescimento da equipe fosse esquecido. Pode parecer estranho, mas o mundo corporativo é assim mesmo: basta um ano ruim para que surjam demissões, cortes em investimentos, cancelamentos de projetos, etc.

Não sei se alguém vai comprar o que restou da equipe e montar um time, se o que sobrar será devolvido a Peter Sauber ou se, ao invés de 13, teremos 12 equipes em 2009, mas querem saber? Estou começando a gostar desta brincadeira. O sucesso da Brawn mostrou que ainda é possível montar uma equipe independente e enfrentar as montadoras de peito aberto. A Williams também está viva este ano, quando muitos achavam que ela sequer chegaria tão longe em sua história na F1.

Sinto que estamos próximos de ver um movimento de retorno da F1 às suas origens. Ao invés de montadoras, balanços financeiros, preocupações ecológicas e toda essa baboseira, teremos de volta a turma que batalha para ter uma equipe. Que bate na porta das empresas para pedir patrocínios, pneus, motores, gasolina. Que vibram com as vitórias. Que choram com as derrotas. Mas que continuam lutando na Fórmula 1 fazendo da categoria um esporte de alta competição, mas sobretudo, um campeonato de corrida de carros.

Um comentário:

Ron Groo disse...

Ja foi tarde, só serviu pra dar razão ao Max Mosley