quinta-feira, 4 de junho de 2009

Que venham as independentes

Brabham de Nelson Piquet: montadora só para o motor e olhe lá...


March, Brabham, Epsilon Eukadis, Lola, Campos, Superfund, Prodrive, USGPE. Essas são as marcas que se pré-inscreveram no mundial de Fórmula 1 para a temporada 2010. Isso sem contar todas as outras que já disputam a categoria e que anunciaram sua pré-inscrição na última semana, depois de uma intensa batalha contra Max Mosley e seu incrível teto orçamentário. Teto esse que deve continuar gerando polêmica, pois apesar das equipes da FOTA terem feito a inscrição sob a exigência de que essas regras fossem revistas, o velho Max parece pouco disposto a resolver o problema: deu uma entrevista hoje dizendo que vai manter o tal teto.

Bom, voltando à parte das inscrições, assunto infinitamente mais interessante do que essa chatice política, confesso que fico feliz quando vejo as equipes independentes demonstrando interesse novamente pela Fórmula 1. Sim, sabemos que dessas oito, uma ou no máximo duas deverão efetivamente se inscrever, mas juntando-as à Brawn, Wiliams e Force Índia teríamos um campeonato bem mais divertido.

Divertido porque, apesar de toda a força mercadológica que move a F1, ainda podemos acreditar que pelo menos algumas poucas pessoas que integram essas equipes têm algum amor ao esporte, ao contrário dos engravatados das montadoras. Aliás, se querem saber minha opinião sincera, eu trocaria fácil fácil Renault e Toyota por duas equipes dessas novas.

A Renault entra ano sai ano anuncia sua retirada das pistas. A Toyota gasta os tubos de dinheiro para fazer um carro feio e ruim. Imaginem se, ao invés destas duas, tivermos March e Brabham de volta, com seus carros coloridos, revivendo as glórias de um passado muito mais divertido do que esses dias de hoje. E quando falo glórias, não estou falando de vitórias. Essas equipes ficam felizes quando pontuam, festejam quando terminam uma prova. Enquanto as outras duas, a qualquer resultado duvidoso, ameaçam cair fora.

Continuo sendo um defensor fervoroso das equipes independentes. A Fórmula 1 sempre foi assim: um campeonato formado por pessoas que montam uma equipe, fazem um carro e vão atrás das montadoras para conseguir motores para correr. Que seja assim, por mais utópico que isso possa parecer hoje em dia.

3 comentários:

DGF disse...

Bruno, concordo com vc, tanto é que fiz um insight sobre a Epsilon Euskadi no meu blog falando justamente sobre seu projeto nobre para a F1, nada de grana ou glamour, mas sim vontade de competir euma causa nobre por trás!

Abraço!

Ron Groo disse...

A Familia Brabhan esta querendo processar a Formtch, é por estas e outras que sou a favor dos garagistas, mas com o cuidado de escolher entre gente séria e aproveitadores marketeiros.

Bruno disse...

Eu compartilho da mesma opinião do Ron. Tem que saber separar o que é desejo e paixão pelo esporte ou oportunistas querendo se aproveitar do nome de equipes gloriosas do passado. Seria péssimo ter o nome manchado por esses desconhecidos e por isso o processo, por exemplo, da família Brabham.

Não consigo ver a Fórmula 1 sem as montadoras, mas seria bem interessante ver novos garagistas. Vamos ver onde esta história se encaminha no próximo dia 12...

Abraços.