segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Haas e McLaren

Praticamente todas as equipes de F1 já apresentaram suas máquinas para 2016 e, neste momento, estão em Barcelona colocando os motores para roncar pela primeira vez. Como os carros são muito parecidos com os do ano passado, não vou comentar um por um. Mas há duas equipes sobre as quais quero falar com mais detalhes: Haas e McLaren.

Haas




Um carro bonito, mas nada demais. Projeto bastante convencional, empurrado pelo motor Ferrari, que fez um bom papel no ano passado. Romain Grosjean é o primeiro piloto, um cara que cresceu bastante em sua carreira na F1 e é um bom nome para conduzir a equipe. Esteban Gutierrez compõe o time entrando com a grana. Tecnicamente não acrescenta muito.

Mas, sobre a Haas, quero corrigir uma informação (ou desinformação, como sempre) dada pela Globo, há algumas semanas naquele programa horroroso, chamado AutoEsporte.

O empresário Gene Haas, dono da equipe, é proprietário da Haas Automation, fabricante de ferramentas nos EUA. Não tem nada a ver com a Newman Haas, equipe tradicional da Fórmula Indy, de propriedade do ator Paul Newman (morto em 2008) e Carl Haas. O time ficou famoso na primeira metade dos anos 90, com seus carros patrocinados pela K-Mart, pilotados por Nigel Mansell, Michael Andretti e Christian Fittipaldi.

O interessante é que com 2 minutos descobre-se isso, clicando na Internet, mas parece que foi muito tempo para a Globo. Normal.

McLaren



O novo carro da McLaren vem com as mesmas cores do ano passado. Ron Dennis fez um carnaval no ano passado, prometendo uma pintura que remetesse aos tempos áureos da parcerias com a Honda, mas desistiu quando viu que o conjunto carro e motor de 2015 era um lixo.

Esperava-se que a McLaren tivesse mesmo dificuldades no ano passado, mas o que se viu foi ridículo. Expos o que este regulamento da F1 atual tem de pior, mostrando que nem mesmo uma montadora competente como a Honda é capaz de produzir um motor razoável para competir. Certamente, foi um desempenho que afastou o interesse de muita gente em ingressar na categoria.

Por isso, 2016 será decisivo. Se a McLaren não voltar a frequentar, pelo menos, o pelotão intermediário, temo pelo futuro da Honda na categoria. Ninguém é louco o suficiente de investir tanto dinheiro sem ver resultados sequer razoáveis.

A pressão deve estar violenta para aqueles lados.

3 comentários:

Ron Groo disse...

Esta Haas lembra demais a Marussia de 2014.
Esta McLaren lembra a Minardi, até no desempenho.

Grid GP disse...

Não é o Haas do charuto na boca!

Bruno Aleixo disse...

Exatamente! Esse Haas do charuto é bem mais legal, mas infelizmente não é ele, embora a Globo pense que é...