domingo, 6 de setembro de 2015

Hamilton e a contagem regressiva



Como é chato um campeonato sem disputa. Uma semana depois de vermos Juan Pablo Montoya perder o título da Indy, para Scott Dixon, pelos critérios de desempate, somos obrigados a testemunhar mais um passeio de Lewis Hamilton que será campeão mundial pela terceira vez na carreira. E com requintes de crueldade: há poucas voltas do fim, quando já tinha mais de 20 segundos, a equipe pediu que ele conseguisse mais 5 segundos em virtude de uma eventual punição, que poderia surgir no final. Não surgiu, mas Hamilton apertou o da direita e cumpriu a ordem da Mercedes, cruzando a linha de chegada 25 segundos e uns quebrados a frente de Sebastian Vettel.

Contemplar um piloto na plenitude de sua forma, com um carro absurdamente melhor do que todos os outros até tem seu charme, mas a F1 já está há três temporadas nessa. Vai cansando. E nem mesmo Nico Rosberg, montado na mesma Mercedes, é capaz de se aproximar de Hamilton. Esse fim de semana, na Itália, o desempenho do alemão foi pífio. Classificou-se apenas em quarto lugar e fez uma corrida em marcha lenta, dependendo de pit-stops para ultrapassar os carros da Williams. No final, com a quebra de seu motor, Nico despede-se definitivamente da briga pelo título. Só um milagre poderia recolocá-lo na disputa novamente.

A Williams, por sinal, continua devendo a seus pilotos. Massa e Bottas, de contratos renovados, fizeram uma ótima corrida, mas a equipe, novamente com pit-stops desastrosos, os fez perder posições. O abandono de Rosberg salvou  o pódio merecido de Felipe Massa, que suportou de forma brilhante a pressão de Bottas no fim da prova.

Quem acabou aparecendo bem na corrida foi Kimi Raikkonen. Depois de brilhar nos treinos, conseguindo o segundo lugar, Kimi se atrapalhou na largada, caiu para último e teve que fazer uma prova de recuperação. Conseguiu terminar em quinto, um resultado bom numa temporada marcada por azares de todos os tipos.

E é o que tenho para comentar sobre o GP da Itália. A corrida foi monótona, com um final interessante, mas que em nada mudou no panorama do mundial: Hamilton ruma para um título fácil, para o azar de quem gosta de boas disputas. Fica para o ano que vem. Será?

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