segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Corrida esquisita coloca Vettel na briga

Mercedes escondidas na largada do GP de Cingapura: um GP bem estranho

Corridinha esquisita essa de Cingapura. Ferrari e RedBull dominando, Mercedes como terceira força, batida boba envolvendo dois pilotos experientes, piloto de 17 anos desobedecendo ordem de equipe. Vamos por partes então.

A começar pelo estranhíssimo desempenho da Mercedes. Sim, é normal uma equipe ter dificuldade em uma ou outra pista, já vimos isso acontecer com a própria Mercedes nos dois últimos anos. Mas, pela primeira vez, desde que se tornou a grande força da Fórmula 1, a equipe alemã se tornou coadjuvante em uma corrida, sem mostrar potencial sequer para incomodar os líderes, em momento algum. Ninguém conseguiu entender o desempenho de Lewis Hamilton e Nico Rosberg, nem os próprios. Com Lewis abandonando, Nico acabou lucrando, conseguindo o quarto lugar e descontando 12 pontos na tabela.

A má notícia para o alemão, no entanto, foi a vitória arrasadora de Sebastian Vettel, que mostrou a velha classe de um tetracampeão ao passear pelas ruas de Cingapura com a sua Ferrari. Vettel tem 8 pontos a menos do que Rosberg e, a se considerar a temporada ruim que o piloto da Mercedes vem fazendo, é bastante viável pensar que a Ferrari pode sonhar com seu piloto como vice campeão. Nico precisa abrir o olho. Um vexame desses não vai contribuir em nada para o seu futuro na F1.

No pelotão do meio, Felipe Massa e Nico Hulkenberg se meteram numa batida ridícula, digna de dois principantes. O brasileiro vinha saindo dos boxes, após outro trabalho lamentável da Williams, e foi acertado por Hulkenberg, que fez a curva como se não houvesse ninguém ali. Achei que os dois foram culpados, mas Nico forçou a barra mais do que devia. A FIA concordou e puniu o alemão, o que consegue ser mais ridículo do que a batida. Alô pessoal da FIA, batidas acontecem em corridas. Hulkenberg se deu mal e abandonou a prova. Precisa de punição extra? Vão todos à merda.

No final, ainda tivemos Max Verstappen soltando um sonoro não à Toro Rosso, depois que a equipe pediu que ele deixasse Carlos Sainz passar para que o espanhol tentasse atacar Sérgio Perez. Muito legal, uma atitude digna de um grande piloto (e, aliás, que corrida fez Max Verstappen, depois de ficar parado na largada), mas vamos com calma. Meu amigo Ron Groo, postou uma coisa no Facebook com a qual concordo: negar uma ordem da Toro Rosso é bem diferente de negar uma ordem da Ferrari, da Mercedes, ou mesmo da RedBull.

Por último, um comentário sobre transmissão: a Globo não transmitiu o treino, o que levou muita gente a faniquitos, alguns delirando porque várias mensagens ofensivas foram postadas na página da emissora. Onde está a surpresa? Em 3 ou 4 anos, suponho, a F1 não estará mais na Globo. E eu continuo com o mesmo posicionamento: se é para ouvir Galvão Bueno comentar “o choro é livre”, após o anúncio da punição a Hulkenberg, é melhor que a TV a Cabo assuma logo o comando do negócio. Dou 3 corridas nessa situação para que todos dêem graças a Deus de terem ficado livres desse tormento chamado Globo.

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