segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Sono define

McLaren sofrendo com pressão da Toro Rosso: é a "nova" F1 meus amigos

“Temos um motor de GP2”, berrou Alonso no rádio, durante o GP do Japão, ao ser ultrapassado por Max Verstappen na reta, como se estivesse parado. Na casa da Honda, o espanhol perdeu a paciência com os japoneses e soltou o verbo sem dó. E dó é o que dá no espectador de ver McLaren e Honda, duas gigantes da categoria, com dois campeões do mundo sentados no cockpit completamente inertes, sendo devorados por carros de equipes como Toro Rosso, Sauber e Force Índia.

Culpa desse regulamento horroroso, que obriga os fabricantes a produzirem motores, ou unidades de força, incompreensíveis, que levam anos e anos de adaptação para conseguirem algum resultado. Veja a situação da RedBull, agora: uma equipe com muita grana, rompida com a Renault, tendo que mendigar motores para a Ferrari, em 2016. Seria uma hora ótima para atrair novas fábricas como Audi, Toyota, BMW, e tantas outras. Mas quem é que vai querer entrar numa bricandeira dessas, caríssima e nada promissora?

Aliás, o GP do Japão foi meio que uma síntese do que é a Fórmula 1 atualmente. Uma corrida insípida, sem emoções, com pilotos passivos, sem poder fazer nada mais do que os seus carros permitem. A única exceção foi Max Verstappen, que animou um pouco a madrugada com algumas ultrapassagens. De resto, uma chatice só.

Isso nem seria problema, se fosse uma exceção. Mas não é. E quando se vê Nico Rosberg, largando na pole, depois de conseguir descontar 12 pontos para Lewis Hamilton em Cingapura, fazer uma largada e uma corrida como a que fez em Suzuka, aí é para desanimar mesmo. Um campeonato sem disputa é aceitável, se as corridas forem boas. Corridas chatas são aceitáveis, se a disputa pelo título estiver pegando fogo. Mas corridas chatas e campeonato dominado por apenas um piloto, aí é dose.

Pela primeira vez, em muito tempo, acabei dormindo durante a corrida, de forma involuntária. Foi por isso que só consegui postar hoje, inclusive, pois tive que rever a prova. E olha que gosto das provas de madrugada, mas essa foi impossível acompanhar.

É Fórmula 1, você já perdeu a audiência daqueles que só assistiam de vez em quando. Está querendo que a turma que gosta mesmo de automobilismo te abandone também?

Um comentário:

Ron Groo disse...

concordo... sono definiu.