terça-feira, 11 de agosto de 2015

Jacques Villeneuve na Fórmula E

Villeneuve: carreira de altos e baixos, mas sempre com
a boca no trombone
Notícia já meio velha, mas que vale o comentário: a Venturi confirmou a contratação de Jacques Villeneuve para a próxima temporada da Fórmula E. Ele entra no lugar de Nick Heidfeld que, por sua vez, correrá na Mahindra, no lugar de Karun Chandhok. Villeneuve será o piloto de currículo mais respeitável da categoria, com uma vitória nas 500 milhas de Indianápolis, um título da Fórmula Indy e outro da Fórmula 1.

Ainda assim, vale muito mais como personagem do que como piloto. Villeneuve é um nome importante para o automobilismo, pois fala o que pensa, como pensa. Talvez por isso seja tão pouco reverenciado no meio da Fórmula 1. Dirigentes, em geral, não gostam de quem fala verdades.

Jacques Villeneuve teve uma carreira interessante, porém com muitos momentos ruins. Apareceu na Fórmula Indy, venceu uma 500 milhas e o campeonato em 95. Foi contratado pela Williams e quase venceu logo na sua estréia, em Melbourne. Fez ótima temporada em 96 e, em 97, faturou o título na polêmica decisão contra Michael Schumacher, em Jerez, quando o alemão, ao ver que seria ultrapassado, jogou o carro contra o canadense. Schumacher se deu mal e Villeneuve levantou a taça.

Depois disso, a Williams caiu e Villeneuve foi junto. Fracassou na tentativa de emplacar o projeto BAR, e a equipe só cresceu quando ele saiu, ao final de 2003. Voltou no fim do ano seguinte, para substituir o demitido Jarno Trulli, na Renault. Não fez nada de mais, mas conseguiu um contrato com a Sauber para o ano seguinte, quando foi afundado por Felipe Massa. Em 2006, seu derradeiro ano, acumulou acidentes bizarros e acabou dispensado por deficiência técnica.

Fora da F1, perambulou por categorias de turismo, participando até de provas da Stock Car. No ano passado, correu nas 500 milhas de Indianápolis.

A próxima temporada da Fórmula E será fundamental para consolidar uma categoria que nasceu muito bem. A chegada de um nome como Villeneuve só prova que os dirigentes estão no caminho certo.

Um comentário:

Ron Groo disse...

nada é tão ruim que não possa piorar