sábado, 4 de outubro de 2014

Adeus asas

Vettel celebra seu quarto título mundial: parceria vencedora
com a Red Bull chega ao fim
Todo mundo esperava um anúncio da Honda sobre a contratação de Alonso, mas o que veio foi outro: Sebastian Vettel não corre pela Red Bull em 2015. O comunicado foi feito pela própria equipe, que disse ter sido avisada ontem. Christian Horner confirmou que Daniil Kvyat será o substituto do tetracampeão. E mais: disse que Vettel será piloto da Ferrari.

É a primeira peça a se mover, num quebra cabeça interessatíssimo. Fernando Alonso deixa a Ferrari e vai correr na McLaren. Vettel vai para o lugar do espanhol. De tudo isso, a única confirmação que temos até agora é a saída do alemão da Red Bull. Por isso, vamos comentar o restante somente quando saírem os anúncios oficiais.

Sebastian Vettel estreou na Fórmula 1 pela BMW, substituindo Robert Kubica no GP de Indianápolis de 2007. O polonês havia se acidentado no GP anterior, em Montreal, e a equipe chamou Vettel, que atuava como piloto de testes. Logo de cara, marcou pontos. Sua carreira era ligada à Red Bull desde o kart e a equipe tratou de levá-lo para a Toro Rosso na corrida seguinte, colocando-o no lugar de Scott Speed (que nome!).

O alemão permaneceu lá em 2008 e venceu de forma assombrosa o GP da Itália. Em 2009 foi para a equipe principal e o resto é história. Aos 27 anos Vettel já é tetracampeão e tem tempo de sobra para reconduzir a Ferrari ao caminho das vitórias.

A Red Bull vem tendo um ano difícil em 2014, talvez o mais conturbado de sua história na Fórmula 1. Primeiro foi o desempenho pífio do carro nos testes iniciais da temporada, o que atrasou seu desenvolvimento. Depois veio o anúncio da saída de Adrian Newey, que cansou desse regulamento cheio de travas, que a cada ano limita mais o trabalho dos projetistas. E agora perde o piloto que levou a equipe a ser uma das mais respeitadas da história da F1. De boa notícia mesmo, só o desempenho de Daniel Riccardo, este ano.

Não me lembro da equipe passar por um turbilhão tão intenso em sua breve história. Será um dos capítulos interessantes da F1 no ano que vem: como a Red Bull vai superar tantas perdas para voltar ao topo.

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