quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ídolos do Blog: Bobby Rahal



Quando descobri a Indy, no começo da década de 90, uma das coisas que mais me chamavam a atenção na categoria era a quantidade de veteranos que passaram pela Fórmula 1 e que competiam em alto nível na América do Norte. Emerson Fittipaldi, Mário Andretti, Stefan Johansson, Nigel Mansell, entre outros. Mas também haviam aqueles que não estiveram na F1 e que davam show na pista. Entre eles, um senhor careca e usando um enorme par de óculos se destacava, principalmente por não ter, de jeito nenhum, aparência de piloto: era Bobby Rahal.

Mas só não tinha a aparência mesmo, porque na pista, Bobby era espetacular. Três vezes campeão da Indy, dono de um estilo de pilotar único, regular, sem cometer erro algum, incomodava os adversários o tempo todo, frequentemente levando-os a erros quando viam o carro preto de Rahal atrás. Me lembro que, certa vez, nos áureos tempos da Indy no SBT, fizeram uma reportagem perguntando aos pilotos qual era o adversário mais chato, e Bobby Rahal foi eleito o pior de todos por unanimidade.

Infelizmente, depois de ter sido campeão em 92, a idade começou a pesar e o velho Bobby foi virando um coadjuvante de luxo. Em 93 não conseguiu se classificar para Indianápolis. No ano seguinte, por meio de sua equipe, a Honda chegou à Fórmula Indy, mas o resultado foi uma sucessão de quebras e decepções que levaram Rahal a romper o contrato, e perder o filé, já que os japoneses aprenderam a lição e passaram a fornecer um canhão para as equipes que os contrataram nos anos seguintes.

Seu ultimo brilho aconteceu em Jacarepaguá, em 1997, quando liderou 120 voltas do GP do Brasil, demonstrando uma habilidade espetacular para contornar as curvas do circuito com os freios de seu carro já em frangalhos. Acabou perdendo a corrida na última volta, quando seu carro ficou sem combustível. Despediu-se das pistas em 1998, quando sofreu um grave acidente em Motegi, no Japão.



Rahal tentou a sorte na Fórmula 1, como dirigente da Jaguar, mas o amadorismo da equipe não permitiu que ele trabalhasse, e a passagem durou pouco. Hoje é dono da equipe Rahal Lettermann que tem como piloto seu filho, Graham Rahal.

Um grande gênio das pistas, importantíssimo no processo de popularização e profissionalização da Indy, nos anos 90.

Um comentário:

Por Dentro dos Boxes disse...

Bruno...

esse é um dos grandes da Indy...

abs...