terça-feira, 30 de julho de 2013

Filme repetido



E a nova história que circulou nos bastidores do GP da Hungria e que vai pautar as discussões sobre Fórmula 1 nas férias da categoria, é a conversa entre o empresário de Fernando Alonso e Christian Horner. O assunto: a vaga no carro nº 2 da equipe austríaca, que hoje é de Mark Webber. Nem o empresário do espanhol, Luis García Abad, nem Horner negaram o encontro, o que é sintomático.

Para completar, Luca di Montezemolo andou dando indiretas para o espanhol, depois que este reclamou do desenvolvimento do carro. Reclamou com razão, aliás, porque enquanto Lotus e Mercedes melhoraram, a Ferrari andou para trás.

Mas o que importa é que este já é um cenário conhecido na equipe italiana. Um grande piloto que não vê perspectivas e acaba saindo pela porta dos fundos. Aconteceu com Prost, Mansell e pode acontecer com Alonso.

O espanhol não é bobo e já percebeu que a Ferrari vem se atrapalhando ano após ano, depois que Schumacher, Ross Brawn, Rory Byrne e Jean Todt foram embora. Ganhou um título em 2007, beneficiada pela confusão que estava instalada na McLaren. A chegada de Alonso era para ser um novo marco na equipe, em 2010, mas a verdade é que o espanhol não tem o mesmo espírito desenvolvedor de Schumacher.

Além disso, já tem 32 anos. Schumacher chegou à Ferrari em 96 e foi campeão 4 anos depois. Se Alonso realmente quiser diminuir a diferença para a RedBull teria que começar do zero, um desafio que ele não vai querer mais encarar.

Isto posto, acho bem improvável que a RedBull aposte num supertime com os dois maiores campeões do grid hoje. Ao lado de Hamilton e Raikkonen, Vettel e Alonso formam o quarteto dos melhores da F1 atual e, teoricamente, um time que tivesse a chance de ter esses dois juntos não recusaria.

Mas não é tão simples. Alonso não é de jogar limpo e sua chegada poderia atrapalhar o ambiente na RedBull, que é ótimo. Aliás, a equipe demonstra enorme jogo de cintura para contornar os problemas que vive, não sei se arriscaria quebrar essa harmonia.

Mas que seria uma contratação para chacoalhar as estruturas da Fórmula 1, isso seria.

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