terça-feira, 10 de julho de 2012

Webber na Red Bull em 2013 - Algumas reflexões




Como todos já sabem, Mark Webber renovou com a Red Bull por mais um ano. Uma notícia que leva a algumas reflexões interessantes.

A primeira delas é de que, obviamente, a equipe confia bastante na sua dupla de pilotos. Hoje os dois são os únicos que surgem como rivais de Fernando Alonso na luta pelo título. Tanto Webber quanto Vettel estão em ótima forma, o carro energético parece ser melhor que o da Ferrari e o australiano vem tendo performances melhores que o do companheiro bi-campeão.

Com o enfraquecimento da McLaren e a irregularidade de Mercedes e Lotus, o campeonato começa a ficar polarizado entre esses três pilotos, o que só aumenta a responsabilidade de Felipe Massa. Seu papel fica claro: tirar pontos dos pilotos da Red Bull. Com isso, conclui-se que, apesar de ter feito sua melhor apresentação do ano na Inglaterra, o quarto lugar ainda não é o que a Ferrari espera dele. E Felipe ainda vai precisar mostrar mais. Neste momento, sua renovação de contrato para 2013 está apenas em suas mãos. Se conseguir ajudar Alonso na missão de vencer os rivais austríacos, fica na equipe italiana. Caso contrário, Perez surge como seu substituto.

E por último, e mais importante: a Red Bull parece ainda não estar segura sobre o substituto do australiano, que já tem 35 anos. O que coloca o projeto da Toro Rosso na corda bamba. A equipe, declaradamente um laboratório de futuros pilotos da equipe austríaca, só conseguiu revelar Sebastian Vettel até hoje. E, mesmo assim, o alemão é fruto da escola de pilotos da BMW. No ano passado, a equipe dispensou Sebastian Buemi e Jaime Alguersuari, desperdiçando dois anos de investimento nas jovens promessas. Em 2012 nem Jean Eric Vergne, nem Daniel Ricciardo conseguiram performances consistentes.

Vale a pena manter uma equipe satélite para revelar pilotos, sendo que ela não revela ninguém? Dietrich Mateschitz deve estar com a calculadora nas mãos.

Quanto a Webber, a renovação é merecida. É um piloto que melhorou muito com o passar dos anos e, se não é brilhante, tampouco dá vexames. Em 2010 poderia ter sido campeão, se não tivesse se estropiado num estúpido acidente de bicicleta. Mark nunca aceitou a ser segundo piloto, mas lutou pela condição de protagonista na pista. De presente, ganhou a permanência na equipe e a confiança dos patrões. E merece o nosso respeito.

2 comentários:

Alexandre Ribeiro disse...

Caro Bruno:

Merece respeito sim, você tem razão. Dias atrás um amigo o comparou com Coulthard, ao saber da renovação: "o Webber vai acabar virando o Coulthard da Red Bull". Ele fez tal analogia lembrando que David era o segundo piloto ideal, mas não acho que Webber tenha esse perfil

Bruno Aleixo disse...

Alexandre, desculpe, mas vou discordar totalmente desse seu amigo, rsrsrsrs... Coulthard, pra mim, foi um dos casos mais inexplicáveis da Fórmula 1. Completamente desprovido de qualquer talento, correu a vida toda em grandes equipes. Uma aberração.

Não que Webber seja uma maravilha, mas com uma mão só, é melhor que Coulthard. Pelo menos o escocês era mais simpático...