domingo, 3 de junho de 2012

Decepção de verdade



Quando se fala em decepção do ano, na Fórmula 1, o primeiro nome que vem a cabeça é o de Felipe Massa. E não é para menos: com 66 pontos a menos que o companheiro de equipe no campeonato, o brasileiro já é dado como carta fora do baralho na Ferrari no fim do ano e vários nomes de substitutos já foram ventilados. Mas Felipe vem em uma curva descendente desde 2010 e não chega a ser uma surpresa seu mal desempenho. Surpresa é ele ser tão ruim assim.

Para mim, decepção mesmo é Jenson Button. Num campeonato que premia a regularidade, como este de 2012, o campeão de 2009 deveria estar nadando de braçada. Mas não está. Button venceu o GP da Austrália, na estréia da temporada, e parecia ser capaz de massacrar seu instável companheiro de equipe Lewis Hamilton.

Button ainda foi o segundo colocado na China, fazendo uma bela prova, mas de resto sua temporada é fraquíssima. Não pontuou na Malásia e no Barhein e, em Mônaco, passou a corrida toda preso atrás de Heikki Kovalainen, com a fraquíssima Catheram.  O máximo que conseguiu na Espanha foi o nono lugar.

Se, nas três provas que zerou, Button tivesse conseguido um quinto lugar em cada uma, teria hoje 75 pontos e seria vice líder do campeonato. É evidente que este é um pensamento simplório, mas são resultados dentro da realidade de um piloto da capacidade de Jenson Button.

O equilíbrio do campeonato, até aqui, permite que uma sequência de vitórias, leve o piloto à liderança do torneio rapidamente. O problema é conseguir essa sequência. Este ano vai vencer aquele que tiver mais regularidade. E Button não teve nenhuma até agora. A fatura vai ser paga no final do ano.

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