Depois de uma semana de discussões, a FIA acabou liberando o uso da asa móvel em Mônaco. E, por incrível que pareça, a apertada pista de Monte Carlo foi a que acabou “abraçando” melhor as traquitanas inventadas por Bernie Ecclestone e sua turminha.
Isso porque, como vimos, a utilização da asa móvel e do KERS permitiu que os pilotos tivessem a chance de disputar freadas e não de passar pelo adversário como se ele estivesse parado. Um bom exemplo foi a ultrapassagem de Hamilton sobre Schumacher: se o inglês não tivesse o auxílio da asa, não teria chegado em condições de disputar a freada. Agora, se estivéssemos numa pista mais ampla, na metade da reta ele já teria engolido o heptacampeão.
Fiquei pensando se a FIA não deveria pensar numa solução para a asa móvel que fizesse com que ela tivesse o mesmo efeito que teve em Mônaco. Da maneira como está, sendo acionada no início da reta mais longa, a vantagem do piloto que está atrás é muito grande. Acredito que, já já, os pilotos vão parar de arriscar ultrapassagens em outros pontos, aguardar a chegada do retão e acionar o dispositivo, passando pelo adversário sem dificuldades.
Uma solução: colocar a linha que demarca a permissão de acionamento da asa mais para a metade da reta. Assim o piloto começa ganhar velocidade próximo da freada e terá que arriscar mais para ultrapassar.
Talvez seja um caso a se pensar...
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