quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Por um novo lugar ao sol

Felipe Massa falou hoje, em São Paulo. Classificou a temporada como “não positiva”, disse que enfrentou muitos problemas para aquecer os pneus nas classificações, alfinetou a imprensa que, segundo ele, o hostilizou mais do que a própria torcida após o episódio da Alemanha e, por fim, disse que, se precisar, abrirá caminho para Fernando Alonso no GP do Brasil. “Sou profissional”, foi a sua declaração.

É sempre um alento ouvir Massa falando porque em geral, é um camarada ponderado e polido, que mede muito bem as palavras e toma muito cuidado para não complicar sua situação na equipe. Ponto para ele. Fosse Barrichello estaria dizendo que Alonso é um babaca, que a equipe é ridícula e a torcida que se exploda.

Mesmo assim, posso estar muito enganado, mas acho que Massa deveria usar seu 2011 para procurar uma boa equipe na qual possa dar continuidade à sua carreira a partir de 2012. Porque do jeito que Fernando Alonso “chegou chegando” na Ferrari, acho que o brasileiro não o alcança mais. Obviamente que não estou dizendo isso só porque o espanhol pode ser campeão no primeiro ano, já que Raikkonen conseguiu a mesma proeza em 2007 perdendo espaço em 2008. Mas o finlandês nunca foi idolatrado na equipe como é agora Alonso, que tem os mecânicos nas mãos. Espaço conquistado com talento e velocidade.

Deixemos de bobagem. A Ferrari luta pelos seus interesses e tem todo o direito. Quando deu a ordem para que Felipe Massa deixasse Alonso passar na Alemanha, este ano, estava pensando no campeonato. Caberia a Massa que é, afinal de contas, quem acelera, freia, troca as marchas e faz as curvas, acatar ou não a decisão. Acatando, assinou sua condição de segundo piloto que, desconfio, exercerá enquanto estiver na Ferrari.

2 comentários:

Luís Fernando Ramos Santos disse...

Um Homem campeão tem personalidade. Não leva desaforos para casa e não aceita a derrota, custe o que custar. Já os perdedores escondem-se em desculpas esfarrapadas para justificarem as derrotas. Infelizmente há 16 anos o Brasil não tem mais um Homem na F1.
Só quero que reflitam: Imagine uma ordem de equipe dessas para um Nelson Piquet. O próprio Ayrton Senna. Imagine se o Senna aceitasse a soberania de Prost em 1988!
Pois é. Esses foram Homens de verdade na F1.

Ron Groo disse...

Concordo em gênero, numero e grau... Será segundo enquanto estiver na ferrari. Mas frise-se é opção dele.