segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Confirmações antes das férias



Parecia inacreditável pensar que Lewis Hamilton chegaria às férias da F1 na frente de Nico Rosberg, depois de ficar 43 pontos atrás do rival. Mas chegou, e como. Com 217 pontos, contra 198 de Nico, Hamilton abriu uma vantagem de 19 pontos, após aproveitar a péssima corrida do alemão em casa, na volta do circuito de Hockenheim.

Não quer dizer que o campeonato está acabado, principalmente porque Hamilton terá punições inevitáveis a cumprir por causa dos azares do início do ano. Ele terá que trocar componentes do seu motor nas próximas provas e perderá posições no grid, o que poderá ser decisivo para a reação de Rosberg até o final do campeonato.

Mas, para além da virada dentro da Mercedes, a prova na Alemanha acabou estabelecendo e confirmando situações que vinham ficando claras até aqui. A reação da RedBull, por exemplo. Em 2014, quando esses novos motores estrearam, os carros austríacos mal conseguiam se movimentar nos primeiros testes. Hoje, a equipe é a segunda melhor do grid, mostrando que com trabalho, seriedade, foco e uma excelente dupla de pilotos, é possível fazer valer o alto investimento que se faz em Fórmula 1, para andar na frente.

Ao contrário, Ferrari e Williams, só andaram para trás. Na equipe italiana, Raikkonen vem sendo mais consistente do que Vettel, o que não deixa de ser uma surpresa. E os ingleses deverão terminar o ano atrás até da Force India. Incrível a queda de desempenho do time, após dois bons anos de parceria com a Mercedes.

Daniil Kvyat é outro que terá que colocar a cabeça no lugar. Depois do rebaixamento para a Toro Rosso, o piloto, que já não ia bem na RedBull, transformou-se num espectro e ele mesmo admite que não sabe o que está acontecendo. Em Hockenheim, não foi capaz de levar o carro ao Q2.

Uma situação interessante é a da trinca de veteranos da F1, Felipe Massa, Fernando Alonso e Jenson Button. Muita gente desvaloriza o piloto inglês, classificando-o como um campeão de segundo escalão. Mas, novamente, Button fez uma corrida bem mais consistente do que Alonso e já encosta no companheiro na tabela de pontos. O espanhol, aliás, cometeu um erro de principiante no finalzinho da prova, e perdeu um ponto certo para Sérgio Perez. Na Williams, Massa teve problemas após um toque na largada e fechou um primeiro semestre que começou até bem, com mais um resultado ruim. Situação preocupante. Não sei se o brasileiro vai conseguir um lugar para correr em 2017, dessa maneira.

A Fórmula 1 volta depois das Olímpiadas, no GP da Bélgica. É hora de ver se as situações confirmadas até aqui, irão permanecer até o final do ano.

2 comentários:

Fabio Campos disse...

Alguns jornalistas europeus dizem que a Mercedes pode trocar duas vezes de motor na Bélgica, o que o faria largar do fim do grid mas o daria dois motores para usar no resto do ano.

Que tal?

Bruno Aleixo disse...

Com aquele monte de retas, pode ser uma boa sim...