segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Momento rabugice

Verstappen x Raikkonen: uma hora vai dar problema sério

Max Verstappen é a grande sensação da Fórmula 1, não há dúvidas. Desde que Lewis Hamilton estreou em 2007 deixando o mundo da F1 de queixo caído, ninguém havia tido um início tão espetacular quanto o do filho do Jos. E, se Hamilton já é tricampeão e ruma para o tetra esse ano, não há porque não apostar que Max poderá ser um dos próximos multicampeões da categoria.

Verstappen reúne tudo o que gostamos num piloto: é rápido, não tem medo de entrar em divididas, responde as perguntas diretamente e não aceita desaforo de ninguém. Maravilha. Mas vou me dar ao luxo de ser rabugento só para criticar uma coisa que me incomoda na sua postura, na pista: essas mudanças de trajetória para defender posição ainda vão causar um acidente grave.

Ele já tinha adotado essa estratégia na Hungria, com Raikkonen. Agora, na Bélgica, novamente o finlandês foi fechado de forma desleal no meio da reta, quando já tinha tirado o carro para ultrapassar. Todo mundo sabe que o piloto deve escolher uma trajetória e se manter nela para defender posição. Verstappen até fez isso, mas o movimento aconteceu no momento em que Raikkonen já estava quase ao lado dele, na metade da reta. Se pega roda com roda ali, nem quero imaginar o que podia acontecer.

Não que o piloto que está na frente deva deixar o que está atrás passar facilmente. Mas com a possibilidade de abertura de asa móvel, cria-se uma diferença de velocidade brutal entre os dois pilotos. Não há como se defender numa reta longa como aquela e, fechar em cima da hora, coloca o adversário numa posição perigosíssima.

A Fórmula 1 fica punindo pilotos o tempo todo por causa de bobagens e quando tem uma conduta realmente séria para analisar, nada faz. Estamos de olho.

No mais, tivemos um GP da Bélgica confuso, com muitas brigas e um resultado excelente para Lewis Hamilton. O inglês se aproveitou das confusões nas primeiras voltas e conseguiu sair da última fila para o terceiro lugar. Como trocou vários componentes do seu motor, tem agora um carro novinho em folha para as últimas provas e, ainda, nove pontos de vantagem no mundial. A tarefa de Nico Rosberg parece, mais uma vez, quase impossível.

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