segunda-feira, 27 de maio de 2013

A fila indiana de Mônaco



O GP de Mônaco não tem meio termo: ou é chatíssimo, ou é sensacional. Geralmente, para que a segunda situação ocorra, é necessário que chova. Pois não choveu em Mônaco ontem e a corrida foi um saco.

Um saco porque, além de não ter chovido, os pilotos tiveram que passar a corrida inteira economizando e
esses ridículos pneus da Pirelli. Rosberg venceu a corrida andando feito uma tartaruga mas, como estava em primeiro, não foi incomodado por ninguém e pôde fazer seu ritmo de corrida à vontade.

 A Fórmula 1 está numa situação lamentável. Sim, as medidas utilizadas por Bernie Ecclestone desde 2011 (asa móvel e pneus que se desmancham), apesar de artificiais ao extremo, tornaram a corrida movimentada. Isso é inegável. Mas, em geral, as corridas são confusas porque ninguém sabe direito quem está na frente de verdade e, de mais a mais, não é o mais rápido que ganha. É aquele que sabe economizar melhor os pneus.


Em Mônaco, quem tentou alguma coisa, acabou fazendo a prova esquentar um pouco. Sérgio Perez foi um deles. Da metade da prova para a frente, o mexicano resolveu ir para cima e ultrapassou Jenson Button,  deixando o inglês bastante nervoso. O mesmo Button, mais tarde, seria protagonista de uma bela manobra sobre Alonso.


Hamilton, que caiu para a 4ª posição após ser prejudicado pela entrada do Safety Car por conta do acidente de Felipe Massa, tentou recuperar seu lugar no pódio, emparelhando com Mark Webber na Rascasse. O Australiano se defendeu bem, e garantiu o terceiro lugar.


E, por fim, tivemos o lance entre Raikkonen e Perez. O mexicano se empolgoue tentou uma manobra impossível, batendo na traseira do carro do finlandês. Estragou duas ótimas corridas. Raikkonen voltou à pista como um louco e conseguiu o décimo lugar. Uma prova de que, sem ter que se preocupar com poupar pneus, os pilotos são capazes de produzir bons espetáculos.


Vem aí o GP do Canadá, uma pista que, historicamente, maltrata os pneus. Tomara que a Pirelli resolva este problema até lá ou vamos ter uma corrida com mais paradas de boxes do que telespectadores assistindo.

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