quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Campeonato encerrado

Vettel e Newey: duas das razões do sucesso da Red Bull
O campeonato de 2011 acabou. Claro, ainda teremos disputas pelo vice campeonato e pela taça de construtores, mas ninguém liga para isso. O fato é que Sebastian Vettel resolveu a situação com quatro corridas de antecedência, demonstrando estar numa fase brilhante da sua carreira e conduzindo um carro com a assinatura de Adrian Newey, que geralmente é garantia de bons resultados.


O processo de amadurecimento do alemão é bastante claro. Após um campeonato errático, no qual cometeu erros e foi ameaçado até mesmo por Mark Webber em 2010, Vettel aprendeu a lição. Em 2011 não deu chances à concorrência, incluindo aí seu companheiro de equipe, e se tornou o mais jovem bi-campeão da história.

A Red Bull é um caso raro de equipe que conseguiu, em muito pouco tempo, se tornar uma das maiores da Fórmula 1. Não é, ainda, uma lenda do esporte e, evidentemente, só vai continuar nele enquanto estiver obtendo bons resultados. Mas não custa lembrar que eles chegaram à F1 em 2005 e, apenas 6 anos depois, já são bi-campeões da categoria.

E é inegável que o investimento em Sebastian Vettel e Adrian Newey é uma das razões deste sucesso. Newey é o cara que mais fez carros vencedores na categoria. Soube se atualizar para se manter no topo (ao contrário de outros como Jonh Barnard e Harvey Postlethwaite), trabalha com uma equipe composta só de feras e sabe o que um carro precisa para ser mais rápido.

Já Vettel tem a cara do esporte atual. Profissional ao extremo, tem a equipe em torno de si pelo seu carisma e consegue ser um campeão que não atrai a antipatia de ninguém (Senna era o “midiático” e Schumacher o “Dick Vigarista”, só para citar dois exemplos) e ainda prova o seu talento na pista, alternando corridas agressivas com provas cautelosas em busca do resultado, como foi no Japão. E, quando erra, como no Canadá, assume a falha e aprende com ela.

É cedo para saber se Vettel conseguirá chegar perto dos recordes do compatriota Schumacher. Ele precisaria contar com uma sintonia perfeita entre piloto + equipe durante mais alguns anos, como aconteceu com a Ferrari na década passada, para se aproximar destes números. Difícil? Com certeza. Mas não impossível para um piloto que vem mostrando cada dia mais recursos.

PS – As tais três semanas de férias acabaram se estendendo um pouco, mas agora estou de volta à rotina de postagens no blog. Espero que ainda tenha alguém aí!

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