segunda-feira, 14 de abril de 2014

Panela de pressão

Stefano Domenicali: muitas promessas e poucos resultados

Stéfano Domenicali dançou na Ferrari. Ele havia assumido a direção esportiva do time em 2008, uma temporada após o título de Kimi Raikkonen, o ultimo campeão ferrarista. Com Domenicali no comando, a Ferrari venceu o título de construtores em 2008 e conseguiu dois vices com Alonso: um em 2010 e outro em 2012.

Para o seu lugar, chega um tal de Marco Mattiacci, CEO da Ferrari nos EUA. Da Ferrari dos carros de rua, é bom dizer. O que a Ferrari pretende com isso, não sei. O que esse camarada pode contribuir, não me perguntem. Mas tirar Domenicali me parece ser uma decisão acertada, ainda que tardia. Estava na cara, desde que chegou, que o italiano não era do ramo. Pegar um time redondindo, como era a Ferrari em 2007 e deixar virar essa bagunça, como era na época pré-Schumacher, em tão pouco tempo, não me parece ser um sinal de competência.

Aliás a pressão para cima dele devia estar pesada. Ou alguém acha que o fato de Alonso ter comemorado efusivamente o nono lugar no Bahrein não era uma irônica demonstração da insatisfação do espanhol? Ainda mais depois do cala a boca que levou no fim do ano passado, quando desandou a falar mal do carro.


Tenho a impressão que o espanhol não fica no ano que vem. Está na cara que a Ferrari vai demorar para se reerguer, se é que vai conseguir, e Alonso não vai ter paciência de esperar. Raikkonen, desconfio, também não. A dupla de pilotos da equipe vermelha parece estar em aberto, neste momento. Quem será que vai se arriscar?