segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Lotus-Renault já chega enfrentando problemas

A Lotus- Renault está em maus lençóis. A fatalidade do acidente de Robert Kubica, numa prova de Rali este fim de semana, além de deixar consternado todo o mundo do automobilismo, colocou a equipe francesa numa sinuca de bico que eles não esperavam ter que enfrentar agora. Após apresentar seu carro na última semana com nada menos do que cinco pilotos de testes (Bruno Senna, Ho-Pin Tung, Romain Grosjean, Jan Charouz e Fairuz Fauzy), os dirigentes agora se dão conta de que nenhum deles serve para ser titular na temporada 2011, já que a possibilidade de Kubica pilotar este ano parece muito improvável.

Aqui no Brasil, foguetes já estavam sendo lançados, o Twitter recheado de sennistas comemorando a provável ascensão de Bruno Senna à titularidade. Cedo demais. O chefe da Renault, Eric Boullier, já deu entrevistas dizendo que vai procurar um piloto mais experiente para liderar a equipe. Está certíssimo. Se o acidentado tivesse sido Vitaly Petrov, não acredito que a equipe tivesse muitas dúvidas em promover o brasileiro, mas para o lugar de Kubica será necessária muita bala na agulha.

O problema é que a dupla da Renault já tinha um papel claro: Petrov para garantir a grana, e Kubica para trazer resultados. E Bruno Senna ainda não é o cara para liderar uma equipe que quer ser de ponta. A Renault vai precisar de alguém forte, com bom conhecimento de carros, que seja rápido e capaz de incomodar os adversários de verdade. E alguns nomes já estão sendo ventilados.

Meu palpite: vão despejar um caminhão de dinheiro no quintal de Kimi Raikkonen. Já especularam seu nome em anos anteriores e acredito que seja o mais indicado. Nick Heidfeld é eficiente, mas não tem a estrela de Kubica, situação na qual se encaixa Rubens Barrichello, outro que está sendo falado. Nico Hulkenberg é um novato, assim como Bruno Senna, então não seria indicado. Jacques Villeneuve seria uma piada de péssimo gosto.

Se Raikkonen voltar à F1, a equipe ganha em qualidade e o público ganha em espetáculo. Pelo menos seria um consolo por termos perdido a chance de ver Kubica em ação em 2011. O polonês fará muita falta neste ano.

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