terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Campeões da Indy na F1: Alessandro Zanardi

Zanardi na Williams: a bipolaridade atacou

Alessandro Zanardi talvez seja o maior caso de bipolaridade automobilística da história do esporte. Ao mesmo tempo em que foi um dos maiores nomes da Fórmula Indy, suas passagens pela F1 foram todas horrorosas, tendo apenas um ponto marcado em 44 corridas disputadas.

Mas vamos do começo: vice campeão da Fórmula 3000 em 1991, Zanardi chegou à F1 ainda naquele ano, como grande revelação. Até 94, perambulou por equipes pequenas como Jordan, Minardi e Lotus, envolvendo-se em uma série de batidas e incidentes. Sem lugar na categoria, partiu para a Indy.

E lá, foi outro piloto. Dono de um estilo agressivo, Zanardi fez corridas memoráveis pela Chip Ganassi, sagrando-se bi-campeão em 97 e 98. Este último campeonato, então, foi uma humilhação pública. Não havia nenhum adversário a sua altura, nesta época.

Com a ida de Jacques Villeneuve para a BAR, Frank Williams enxergou no italiano a solução para seus problemas. E assim Zanardi voltou à F1 pela porta da frente, com status de estrela do automobilismo internacional, para a categoria que havia lhe chutado anos antes.

Mas aí, foi só voltar para a Fórmula 1 que a carruagem de Zanardi virou abóbora de novo. Para começar, a Williams vivia um momento conturbado: a equipe já tinha um acordo com a BMW para o ano de 2000, mas até lá precisava continuar utilizando os velhos motores Renault, preparados pela Supertec, insuficientes para levar a equipe para brigar com McLaren, Ferrari e até Jordan.

A imagem mais vista de 99
Além disso, havia o próprio ambiente: Zanardi experimentou toda a liberdade e o clima festivo da Indy, onde era amado e idolatrado. Não foi fácil encarar os sisudos ingleses da Williams, que começaram a a virar a cara para o italiano, que não conseguia sequer chegar perto do desempenho de Ralf Schumacher, o outro piloto da equipe.

Dessa forma, Zanardi teve como único momento expressivo, um quarto lugar nos treinos para o GP da Itália. Ao final do ano, o italiano conseguiu a proeza de não marcar nenhum ponto, contra 35 de Ralf, que obteve três pódios no ano.


O resultado, como não poderia deixar de ser, foi a demissão sumária de Zanardi, que voltou à Indy em 2001, pela equipe MoNunn. O resto da história, infelizmente, já conhecemos. 

Nenhum comentário: