segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

De volta


Se o ano, no Brasil, só começa depois do carnaval, aqui no blog começa antes. Uma semana antes, mas é antes…

E vamos retomar o blog, de cara, com os testes da Fórmula 1 2015, realizados semana passada em Jerez. E, pelo menos a princípio, a sensação que fica é a de que Fernando Alonso é o grande perdedor da categoria, por enquanto. Depois de brigar anos e anos na Ferrari, com carros ruins, foi tentar a sorte na McLaren, apostando na parceria com a Honda. Aí os italianos buscam Vettel na RedBull e o resultado é o que vimos: a Ferrari andou como nunca nos treinos coletivos e a McLaren sequer conseguiu sair do lugar. Quando saiu, andou coisa de 10 segundos mais lenta do que a concorrência.

Nas redes sociais, as explicações dadas convencem pouco. Estamos conhecendo o carro, a semana foi importante para tirar dúvidas, blá, blá, blá. Começo a achar que algo que desconfiava há tempos, vai se confirmar: Alonso não é um grande acertador e desenvolvedor de carros. Seu trabalho é entrar na pista e acelerar. O resto fica para os engenheiros. Um estilo parecido com Ayrton Senna, que procurava sempre a melhor equipe e o melhor carro.

Já pelos lados italianos, depois de muito tempo, a coisa parece estar mais calma. A Ferrari investiu muita grana no staff técnico, e na contratação de Sebastian Vettel. O resultado veio por meio de tempos consistentes, tanto do alemão como de Kimi Raikkonen.

Mas a grande surpresa desses primeiros quilômetros foi mesmo a Sauber, que andou forte todos os dias, com seus dois pilotos, Felipe Nasser e Marcus Ericsson. A equipe teve um ano para esquecer em 2014, mas parece ter acertado a mão no novo equipamento. Como está totalmente limpa de patrocínios, resultado da crise financeira na qual está mergulhada, é bom esperar a próxima bateria de testes para confirmar a expectativa. Sempre se pode pensar que uma equipe precisando de grana, solta o carro fora do regulamento para ganhar alguma notoriedade e arranjar uns trocados.

De resto, os testes mostraram que a Mercedes e a Williams continuam fortes e a RedBull será uma incognita, como foi no ano passado e deu a volta por cima. O resto das equipes, numa penúria de dar dó. Mas isso é assunto para amanhã.

Nenhum comentário: