Schumacher festeja sua última vitória: uma aula na China |
Domingo tem GP da China. A pista não é das piores, mas está
longe de ser espetacular. Pelo menos no traçado já que, em termos de estrutura,
quem já esteve no Autódromo de Xangai diz que é uma coisa assustadora, até
mesmo para os padrões da Fórmula 1. Estrutura essa que é usada praticamente uma
vez por ano, numa corrida com público muito reduzido. O mundo precisava de um
pouco mais de simplicidade...
Bem, mas vamos relembrar. GP da China, para mim, significa a
última vez que Michael Schumacher subiu ao alto do pódio. E que vitória foi
aquela. Foi em 2006, última temporada do alemão antes da primeira
aposentadoria. Depois de ter seu monopólio de títulos quebrado em 2005,
Schumacher voltou com tudo nessa temporada, disputando contra as eficientes
Renault de Fernando Alonso e Giancarlo Fisichella.
Largando mais atrás, Schumacher passou as primeiras voltas
preso atrás da Honda de Rubens Barrichello. Os pneus Bridgestone, da Ferrari,
perdiam para os Michelin quando a pista estava seca. Mas quando começou a garoar,
na metade da corrida, Michael ligou seu famoso módulo "sangue nos
zóio" e partiu para cima de Alonso e Fisichella, que lideravam, mas
enfrentavam problemas com os instáveis pneus intermediários da fabricante
francesa.
Na parte final, com a pista começando a secar, todos
começaram a trocar para pneus de pista seca. Schumacher se antecipou e voltou
voando para a pista. Superou Alonso nos boxes, mas ainda precisava ser mais
rápido que Físico.
A Renault trouxe Giancarlo para os boxes, ele colocou pneus
de pista seca e voltou para a pista ainda à frente do Alemão. Quando saiu dos
boxes, Michael fez isso:
Com duas rodas para fora da pista, Schumacher despachou
Fisichella como quem afasta uma mosca incômoda e seguiu para a vitória, com
Alonso em segundo. Ali, Michael empatava a disputa com o espanhol, mas um motor
estourado na corrida seguinte, no Japão e um pneu furado em Interlagos
sacramentaram o bi-campeonato de Fernando Alonso.
Mas foi uma vitória para
mostrar ao mundo da F1 a falta que sentiríamos de Schumacher nos anos
seguintes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário