Com tantas
coisas para falar depois do GP do Bahrein, acabamos esquecendo do mais
importante: que resultado sensacional conseguiu Lewis Hamilton. Uma vitória
sólida, construída com raça e técnica. Não é qualquer piloto que passa quase 15
voltas suportando a pressão do adversário com o mesmo carro, mas com pneus mais de
um segundo mais rápidos por volta.
Aliás, a
dupla da Mercedes é a melhor do grid, já tinha dito isso aqui no blog. A
Ferrari tem dois campeões do mundo, mas nunca acreditei que Raikkonen se
adaptaria àquele ambiente de novo e, por enquanto, estou acertando a previsão.
Mas, voltando
a Hamilton e o Bahrein, além ter sido uma vitória importante matematicamente,
ela também foi fundamental psicologicamente. Rosberg ainda tem boa vantagem à
frente, mas sabe que a batalha contra o companheiro inglês será dura. Se
começar a ficar atrás constantemente, pode bater o desespero.
Hamilton é
acusado de não lidar bem com pressões. Eu mesmo não vejo nele um piloto completo,
como Alonso ou Vettel, só para citar como exemplo gente que está no grid atual.
Às vezes comete erros em momentos fundamentais, como ocorreu no treino oficial
de sábado.
Mas há um
fator, que poucas pessoas comentam: Lewis deixou a McLaren depois de 2012 para
liderar a Mercedes após a saída de Michael Schumacher. E os resultados da
equipe prateada subiram muito após sua chegada. É impossível não valorizar um
piloto que é capaz deste tipo de iniciativa. Sair da zona de conforto é para
poucos. Massa e Barrichello, por exemplo, levaram anos para deixar a Ferrari.
Se Hamilton
conseguir manter o nível atingido na corrida de domingo, é questão de tempo
para tomar a liderança do campeonato.
3 comentários:
Incrível a técnica do cara para defender a posição. Houve momentos em que abriu a curva de forma perfeita para completar o X.
Concordo que a mudança de equipe foi ousada, mas ele também já tinha uma vida dentro da McLaren...
Me lembro que ainda fazíamos o Grid 899 quando Hamilton estreou. Achava que ele chegaria à 2014 até com uma carreira mais vitoriosa, mas Vettel e a Red Bull não deixaram. Talvez agora tenha chegado a vez dele.
Verdade.
Cadê o post da China?
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