Villeneuve na Williams: bom momento que não se repetiu mais |
O fiasco da participação de Michael Andretti, em 1993, não foi suficiente para minar a confiança de Bernie Ecclestone de que a aproximação da F1 com o mercado norte americano passava pela participação de pilotos da Indy na categoria. Assim, em 1995, o chefão entrou novamente em ação para ajudar Frank Williams a contratar Jacques Villeneuve para a temporada de 96.
O filho de Gilles Villeneuve experimentava um crescimento absurdo de sua carreira na Indy, sagrando-se campeão de 95 e vencedor das 500 milhas de Indianápolis daquele ano. Veloz e carismático, o perfil do canadense poderia salvar a F1 do marasmo e da carência de ídolos, após a morte de Ayrton Senna, em 94.
Para não repetir o mesmo erro cometido na adaptação de Michael Andretti pela McLaren, Frank Williams colocou o canadense em um extenso programa de testes, iniciados já em 95, nos circuitos de Silverstone e Jerez de la Frontera. A F1 já não contava mais com os componentes eletrônicos que eram febre em 93 e, com isso, a adaptação foi menos traumática.
E os resultados logo vieram. Na estréia, em Melbourne, Villeneuve marcou a pole position e só não venceu a corrida porque enfrentou problemas com o motor Renault de sua Williams. A primeira vitória viria três corridas mais tarde, em Nurburgring. Villeneuve levou a disputa do título com Damon Hill até a última corrida, no Japão, mas terminou o ano com o vice-campeonato. É preciso dizer, que 96 foi um ano todo da Williams: Michael Schumacher estava em seu primeiro ano de Ferrari e a Benetton, que tinha um bom carro, apostou na combalida dupla Berger e Alesi.
O lance decisivo de 97 |
Mas, a partir de 98, a coisa começou a degringolar. A Williams perdeu o motor Renault, e passou a competir com um motor da marca francesa genérico, montado pela Mecachrome. O ano acabou sendo um fiasco e Villeneuve obteve, como melhor resultado, um terceiro lugar no GP da Alemanha.
Fiasco na BAR |
entrou de sócio na empreitada a partir de 99. Os resultados foram lamentáveis. Como nada dava certo na equipe, Craig Polock chegou com a empresa Prodrive, para dar uma organizada no time. E, de cara, viu que Villeneuve não apresentava resultados. Aliás, com a chegada de Jenson Button, em 2003, ficou evidente que o canadense não estava mais na sintonia da F1. Antes do fim da temporada, Villeneuve foi substituído por Takuma Sato, que marcou pontos logo na sua estréia, no GP do Japão.
Sem equipe, Jacques partiu para um ano sabático em 2004, que foi interrompido pelo convite da Renault, para substituir Jarno Trulli, demitido há três provas do fim da temporada. Mesmo sem marcar nenhum ponto, Villeneuve acabou chamando a atenção da Sauber, que o contratou para a temporada de 2005.
Fim de carreira com várias batidas, na BMW |
Ainda que tenha sido campeão mundial em 97, sempre ficou a impressão de que Villeneuve foi menos do que poderia ter sido. Ainda hoje, tem sua parcela de fãs, mas sua marca na F1 poderia ter sido mais expressiva.
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