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Zanardi na Williams: a bipolaridade atacou |
Alessandro
Zanardi talvez seja o maior caso de bipolaridade automobilística da história do
esporte. Ao mesmo tempo em que foi um dos maiores nomes da Fórmula Indy, suas
passagens pela F1 foram todas horrorosas, tendo apenas um ponto marcado em 44
corridas disputadas.
Mas vamos
do começo: vice campeão da Fórmula 3000 em 1991, Zanardi chegou à F1 ainda
naquele ano, como grande revelação. Até 94, perambulou por equipes pequenas
como Jordan, Minardi e Lotus, envolvendo-se em uma série de batidas e incidentes.
Sem lugar na categoria, partiu para a Indy.
E lá, foi
outro piloto. Dono de um estilo agressivo, Zanardi fez corridas memoráveis pela
Chip Ganassi, sagrando-se bi-campeão em 97 e 98. Este último campeonato, então,
foi uma humilhação pública. Não havia nenhum adversário a sua altura, nesta
época.
Com a ida
de Jacques Villeneuve para a BAR, Frank Williams enxergou no italiano a solução
para seus problemas. E assim Zanardi voltou à F1 pela porta da frente, com
status de estrela do automobilismo internacional, para a categoria que havia
lhe chutado anos antes.
Mas aí, foi
só voltar para a Fórmula 1 que a carruagem de Zanardi virou abóbora de novo.
Para começar, a Williams vivia um momento conturbado: a equipe já tinha um
acordo com a BMW para o ano de 2000, mas até lá precisava continuar utilizando
os velhos motores Renault, preparados pela Supertec, insuficientes para levar a
equipe para brigar com McLaren, Ferrari e até Jordan.
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A imagem mais vista de 99 |
Além disso,
havia o próprio ambiente: Zanardi experimentou toda a liberdade e o clima festivo
da Indy, onde era amado e idolatrado. Não foi fácil encarar os sisudos ingleses
da Williams, que começaram a a virar a cara para o italiano, que não conseguia
sequer chegar perto do desempenho de Ralf Schumacher, o outro piloto da equipe.
Dessa
forma, Zanardi teve como único momento expressivo, um quarto lugar nos treinos
para o GP da Itália. Ao final do ano, o italiano conseguiu a proeza de não
marcar nenhum ponto, contra 35 de Ralf, que obteve três pódios no ano.
O
resultado, como não poderia deixar de ser, foi a demissão sumária de Zanardi,
que voltou à Indy em 2001, pela equipe MoNunn. O resto da história,
infelizmente, já conhecemos.
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