Schumacher segura Hakkinen e Barrichello na Malásia/99: uma aula |
Quando me perguntam por que acho que Michael Schumacher é o
melhor da história do automobilismo, respondo que uma pessoa que ganha 7 vezes
um título e vence 91 corridas não pode ter outra definição. Mas quando sou
questionado em relação à frieza dos números, cito três corridas: o GP da
Bélgica de 1995 (quando ele largou em 16º e venceu), o GP da China de 2006 (sua
última vitória, uma tacada de mestre nas Renault) e este GP da Malásia de 1999,
quando ele voltou após a recuperação do acidente em Silverstone para ajudar
Irvine e mostrou que estava muito acima de todos os pilotos da época.
Assista ao vídeo, começando pelo link que postei abaixo e
veja se não é verdade. O cara fica seis corridas fora e vê seu projeto de levar
a Ferrari ao primeiro campeonato mundial de pilotos desde 79 ser encabeçado
pelo picareta Eddie Irvine. Aí é convocado por Luca di Montezemolo a correr na
Malásia, uma pista estreante, justamente para ajudar Irvine a derrotar as
McLaren de Mika Hakkinen e David Coulthard que, àquela altura, estavam à frente
na tabela. Tanto que Hakkinen poderia sagrar-se campeão já em Kuala Lumpur.
Poderia, se não fosse a atuação de mestre de Schumacher que
correu como quis, mandou na prova e construiu o resultado a seu bel prazer.
Repare na forma como ele tirava o pé nas curvas para atrasar Hakkinen, para
depois acelerar quando precisava fazer o finlandês forçar o carro, tudo isso
enquanto Eddie Irvine brigava com a sua Ferrari lá na frente tentando, em vão,
abrir vantagem.
No fim, quando estava claro que o irlandês não teria
capacidade de vencer a prova por suas próprias forças, Schumacher lhe entregou
a vitória, possibilitando que Eddie chegasse ao Japão, na última etapa, com
vantagem na disputa. Mas lá, Hakkinen tratou de virar o jogo e levou o
bi-campeonato.
Vale a pena assistir cada segundo da corrida, uma das
melhores de Schumacher, o melhor de todos os tempos na Fórmula 1.
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