Parecia inacreditável pensar que Lewis Hamilton chegaria às férias da F1 na frente de Nico Rosberg, depois de ficar 43 pontos atrás do rival. Mas chegou, e como. Com 217 pontos, contra 198 de Nico, Hamilton abriu uma vantagem de 19 pontos, após aproveitar a péssima corrida do alemão em casa, na volta do circuito de Hockenheim.
Não quer dizer que o campeonato está acabado, principalmente porque Hamilton terá punições inevitáveis a cumprir por causa dos azares do início do ano. Ele terá que trocar componentes do seu motor nas próximas provas e perderá posições no grid, o que poderá ser decisivo para a reação de Rosberg até o final do campeonato.
Mas, para além da virada dentro da Mercedes, a prova na Alemanha acabou estabelecendo e confirmando situações que vinham ficando claras até aqui. A reação da RedBull, por exemplo. Em 2014, quando esses novos motores estrearam, os carros austríacos mal conseguiam se movimentar nos primeiros testes. Hoje, a equipe é a segunda melhor do grid, mostrando que com trabalho, seriedade, foco e uma excelente dupla de pilotos, é possível fazer valer o alto investimento que se faz em Fórmula 1, para andar na frente.
Ao contrário, Ferrari e Williams, só andaram para trás. Na equipe italiana, Raikkonen vem sendo mais consistente do que Vettel, o que não deixa de ser uma surpresa. E os ingleses deverão terminar o ano atrás até da Force India. Incrível a queda de desempenho do time, após dois bons anos de parceria com a Mercedes.
Daniil Kvyat é outro que terá que colocar a cabeça no lugar. Depois do rebaixamento para a Toro Rosso, o piloto, que já não ia bem na RedBull, transformou-se num espectro e ele mesmo admite que não sabe o que está acontecendo. Em Hockenheim, não foi capaz de levar o carro ao Q2.
Uma situação interessante é a da trinca de veteranos da F1, Felipe Massa, Fernando Alonso e Jenson Button. Muita gente desvaloriza o piloto inglês, classificando-o como um campeão de segundo escalão. Mas, novamente, Button fez uma corrida bem mais consistente do que Alonso e já encosta no companheiro na tabela de pontos. O espanhol, aliás, cometeu um erro de principiante no finalzinho da prova, e perdeu um ponto certo para Sérgio Perez. Na Williams, Massa teve problemas após um toque na largada e fechou um primeiro semestre que começou até bem, com mais um resultado ruim. Situação preocupante. Não sei se o brasileiro vai conseguir um lugar para correr em 2017, dessa maneira.
A Fórmula 1 volta depois das Olímpiadas, no GP da Bélgica. É hora de ver se as situações confirmadas até aqui, irão permanecer até o final do ano.
2 comentários:
Alguns jornalistas europeus dizem que a Mercedes pode trocar duas vezes de motor na Bélgica, o que o faria largar do fim do grid mas o daria dois motores para usar no resto do ano.
Que tal?
Com aquele monte de retas, pode ser uma boa sim...
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