Button tenta fazer o McLaren Honda andar, em Melbourne |
Afinal de contas, o que acontece com essa nova Fórmula 1? O que pode explicar uma montadora tradicionalmente competente como a Honda entrar no negócio para andar tão atrás? Os japoneses tiveram tempo, já que estão há pelo menos 3 anos desenvolvendo essa unidade de força (argh!), têm dinheiro, conhecimento e se associaram à McLaren. Que por sua vez conta com Jenson Button, campeão em 2009, Fernando Alonso, bi-campeão e tido como o melhor piloto do grid, e Kevin Magnussen, que pode não ser nenhum gênio, mas fez uma estréia decente em 2014.
Alguém realmente acredita que a Honda fez uma barbeiragem tão monstruosa na construção do seu propulsor a ponto de conseguir tempos tão pífios, ou devemos acreditar que este regulamento novo da Fórmula 1, além de transformar os carros em enceradeiras velhas, é tão complicado que uma nova montadora precisa de anos para conseguir chegar ao meio do grid? Acredito, sinceramente, na segunda opção.
E mais: diante desse desempenho horroroso da Honda, que montadora vai animar entrar na F1, para gastar os tubos e pastar na rabeira do grid, mesmo dispondo de uma estrutura campeã? Sem poder testar, a coisa piora, pois não há nenhuma perspectiva de melhora para o time de Ron Dennis.
Acho que nunca escrevi um texto com tantas interrogações. Interrogações que devem estar, agora, na cabeça dos executivos que assinaram o cheque para por a Honda de volta à F1. Mas que deveriam mesmo estar na cabeça de quem inventou essa nova Fórmula 1.
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