Barrichello na Brawn, em 2009: essa deveria ter sido a despedida |
Ainda bem. De fato, Barrichello não teve a despedida que merecia depois de disputar mais de 300 GP`s de Fórmula 1. Mas isso aconteceu porque ele não quis. A primeira chance, em 2009, era a ideal a meu ver. Tinha nas mãos um grande carro na Brawn, terminou aquele campeonato em terceiro lugar, com duas vitórias. Sairia por cima. Mas arrumou um contrato com a Williams para 2010 e 2011.
Passou esses dois anos lutando com um carro abaixo da crítica e ainda tomando sufoco dos companheiros de equipe que teve nessas temporadas, os então novatos Nico Hulkenberg e Pastor Maldonado. Aí, desperdiçou a segunda chance de se despedir, correndo em casa, por uma equipe tradicional. Entrou num leilão para ver quem tinha mais dinheiro e foi preterido para dar lugar a Bruno Senna, também na Williams.
Desde então, fala em voltar. Em 2012 negociou com a mesma Caterham para disputar o GP do Brasil. No ano passado, seu nome foi ventilado pela Sauber. E, dizem, este ano ofereceu-se como piloto reserva da Mercedes em Cingapura.
Não sou dos que achincalha Rubens Barrichello, pelo contrário. Acho que foi um piloto de Fórmula 1 dos melhores, habilidoso, rápido, muito raçudo. Foi parte importante do time dos sonhos da Ferrari, na primeira metade dos anos 2000, mas não era melhor do que Schumacher. O que não é demérito, ninguém foi melhor do que o heptacampeão. Sua primeira vitória na F1, no GP da Alemanha de 2000, foi uma das mais incríveis corridas que já vi um piloto fazer.
Mas sua carreira de piloto de F1 acabou. Hoje ele é líder da Stock Car, vem fazendo um ótimo campeonato. Não tem sentido armar uma “despedida”, andando no fundo do grid com um carro abaixo da crítica, pagando para correr. Ele não merece isso e nem a torcida, que tantas vezes foi a Interlagos para vê-lo correr.
Santa falência, essa da Caterham.
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